Artigo: Aumento das tarifas do transporte público vai na contramão da valorização do salário mínimo
O aumento de tarifas do transporte público está na contramão da valorização do salário mínimo conquistada pela classe trabalhadora brasileira no dia 1º de janeiro deste ano, penalizando severamente milhões de trabalhadores e jovens em busca de emprego que dependem de ônibus, metrô e trem, na labuta diária das cidades.
O aumento de tarifas corrói o salário, aumenta o custo de vida e dificulta a locomoção do/a trabalhador/a e de sua família, principalmente dos e das jovens que não trabalham ou que estão em busca do primeiro emprego.
A Central Única dos Trabalhadores luta pelo transporte público e de qualidade para toda a população.
Após muitas batalhas, alguns municípios avançaram em direção a um transporte menos oneroso à população, com a implementação de medidas como: passe livre estudantil, a redução do limite etário para gratuidade de idosos, a cota gratuita para desempregados e o bilhete temporal, diário, semanal e mensal como medidas que garantem a gratuidade ou isentam milhares de pessoas. É importante ressaltar que a tarifa zero e viável, e que já é aplicada em alguns municípios, como é o caso de Marica – RJ, diferentemente dos que são contrários a ela, com argumentos que só contribuem para o enriquecimento das empresas de transporte.
Neste sentido, as manifestações pela redução das tarifas ocorridas são legítimas e defendem o direito coletivo ao transporte verdadeiramente público e à livre locomoção nas cidades.
Repudiamos a repressão policial do governo de São Paulo, ocorrida no dia 08/01, durante o ato convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL), movimentos sociais e de juventude, mostrando que o governador trata a questão social como “caso de polícia”.
Por essa razão, a Secretaria Nacional de Juventude da CUT manifesta apoio e solidariedade aos atos contra o aumento de tarifas, protagonizados pela juventude e movimentos sociais, e repudia a truculência policial do governo de São Paulo, em mais um episódio de criminalização da luta democrática por direitos nas ruas, que conta com o apoio da mídia hegemônica.
A juventude CUTista deve se somar na luta pela redução das tarifas de transporte público e por um plano de mobilidade urbana nas cidades, participando dos atos nas ruas com os movimentos sociais. Encerramos 2015 nas ruas e continuaremos em 2016 para defender os direitos da classe trabalhadora brasileira.
*Edjane Rodrigues é secretaria de juventude da CUT Nacional
