CUT e movimentos sociais protestam contra privatização do setor elétrico

Na manhã desta quarta-feira (27), manifestantes da CUT e outras centrais sindicais, além de movimentos sociais, se manifestaram em frente ao Palácio do Planalto contra a privatização do setor elétrico. Em apoio à ação, o Movimento Protestos-contra-privatização-energia-praca-tres podere (13)dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST-DF), Movimento dos trabalhadores Sem-Teto (MTST-DF), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), entre outros, ocuparam o Ministério da Fazenda, no protesto que abrangeu também a reivindicação por reforma agrária.
Apesar da crescente mobilização dos trabalhadores eletricitários e de vários outros setores, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, e o ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Ricardo Ribeiro Berzoini, não compareceram à reunião com as centrais sindicais, agendada para esta quarta-feira (27). No encontro, os sindicalistas discutiriam os processos desenvolvidos pelo governo de privatização das distribuidoras de energia elétrica, como é o caso da Celg, de Goiás.
Protestos-contra-privatização-energia-praca-tres podere (23)De acordo com Assis Jacob, dirigente do Stiueg – que representa os eletricitários de Goiás –, o processo de desestatização da Celg está acelerado. O edital de leilão da distribuidora está previsto para ser lançado na primeira quinzena de março. Segundo o dirigente sindical, a privatização desfavorece os trabalhadores e a população.
Para o presidente da CUT-Goiás, Mauro Rubem, a iniciativa é uma ameaça não apenas aos trabalhadores da Celg, mas à sociedade em geral. “A privatização do setor elétrico implica a desvalorização do profissional, podendo acarretar demissões em massa, retirada de direitos estabelecidos em lei que foram frutos de anos de luta sindical. Não podemos aceitar isso”, avalia.
Segundo Mauro Rubens, os atos continuarão até que haja um posicionamento favorável do governo. “Estamos nacionalizando o movimento e as ações têm crescido. A intenção é essa: mostrar à população que a privatização gera prejuízos para todos.”
Fazenda 2Para Victor Frota, dirigente do Stiu-DF, sindicato que defende a categoria no DF, já é comprovado que a privatização acarreta desvantagens para toda a sociedade. “A desestatização do setor elétrico pode ocasionar o aumento da energia, prejudicando milhões de famílias. Qualquer iniciativa que ameace os trabalhadores o Stiu-DF é contra”, afirmou. Ele destaca que a solidariedade de classe é essencial neste momento. “Com o apoio de todas as centrais sindicais, de trabalhadores de todos os setores, daremos mais visibilidade a esta causa que é tão importante para todos os brasileiros”, avalia.