Na CLDF, Sinpro critica GDF em criminalizar o servidor pela crise financeira
Na manhã de terça-feira (1), a CLDF promoveu uma audiência pública a respeito da PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual), de autoria da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças. Estavam presentes representantes do GDF, que falaram a respeito do Fundo Constitucional e suas aplicações. Os mesmos foram questionados por parlamentares e por representantes sindicais da Educação, Saúde e Segurança.
Antes da audiência, o Sinpro encaminhou aos deputados distritais um ofício sugerindo emendas ao Projeto de Lei Orçamentária para o exercício de 2017. Na Casa, representando o Sinpro, a diretora Rosilene Corrêa afirmou que o governo Rollemberg quer responsabilizar o(a) servidor(a) pela crise financeira.
“O morador de qualquer cidade do DF está sendo induzido pelo GDF a nos responsabilizar por um buraco que há na rua, por exemplo. Pois de acordo com o GDF, nós, os servidores, estamos consumindo todos os recursos do governo. É isso que está sendo passado pelo governo e é desonesto, por parte dele”, diz.

Rosilene reforça os riscos desta postura, pois os(as) professores(as) “tem uma preocupação muito grande com essa decisão do GDF de desmoralizar o servidor, na tentativa de justificar o descumprimento de leis, algumas há mais de um ano. Nós da Educação, estamos pelo segundo ano sem reajuste no auxílio alimentação, que convenhamos já é um valor muito baixo”, diz.
O intuito de privatizar o ensino também foi lembrado. “Temos compra de vagas em creches privadas, aprovadas nessa Casa. Precisamos de construção de escolas, de creches ou o governo assume que quer terceirizar o ensino no DF. Nós apresentamos sugestão de emendas, para que as mesmas sejam acatadas, para que a gente possa ter o mínimo de garantia, pois o GDF só respeita as leis que limitam, já as que nos dão garantias, são descumpridas”, aponta.

A diretora também apontou sobre a necessidade de nomear profissionais já aprovados em concurso, pediu reforço e previsão orçamentária para o pagamento da pecúnia da licença prêmio e ao final, ressaltou a importância do Orçamento do DF estar alinhado com o PDE (Plano Distrital de Educação).
“Reforçamos que o PDE foi votado nessa Casa e portanto tem prazo para ser cumprido e a previsão orçamentária precisa dialogar com o PDE, que está em curso”, finalizou.
Fotos: Joca / Sinpro
