Calote de Rollemberg para terceirizados da limpeza e merendeiras prossegue
O governador Rollemberg continua tratando mal a educação pública no DF. Em virtude do calote ao não pagar os prestadores de serviço que trabalham em muitas escolas, tanto no fornecimento de merenda, como na limpeza em geral, as escolas estão sofrendo com a sujeira, por culpa do GDF. A greve é justa, estes trabalhadores estão passando dificuldades, pois o pagamento do salário e do tíquete alimentação eram para ser realizados no último dia 8.
No CEF Telebrasília, em Riacho Fundo, o mau cheiro é evidente nas salas de aula, que estão com as lixeiras lotadas. Sem merenda, a escola oferece biscoitos aos (às) alunos(as). “Está complicado dar aula. Minha turma não teve aula de educação física hoje, porque a professora estava limpando os banheiros. Os coordenadores, os monitores de turmas mais velhas também ajudam. Mas apoiamos a greve. Eles trabalharam e não receberam o salário, portanto ela é justa”, diz Wilson Fonseca, professor da escola.
Professores comentavam que a Regional de Ensino proibiu a escola de suspender as aulas. Mas em algumas salas, o volume de lixo era grande pelo chão. Mosquitos e baratinhas aparecem em torno da sujeira e nas paredes. Em algumas salas, o mau cheiro é forte. Os alunos reclamam. Uma estudante, em virtude de alergia, teve que ir pra casa mais cedo. “Até os estudantes se oferecem para ajudar na limpeza. Nós temos que nos dividir para limpar as salas entre um turno e outro”, comenta Josiane Cavalcante, professora da escola.
Outro problema recorrente é a falta de água e o abastecimento insuficiente não está relacionado com o racionamento que está se iniciando em algumas regiões administrativas. “Sempre foi assim, a água chega, acaba e mais tarde, retorna”, diz Josiane. Questionados, todos os alunos do 5° ano de uma sala de aula disseram que não puderam beber água após o recreio, pois não tinha. Ao final das aulas, apesar da vazão pequena, os(as) estudantes puderam matar a sede.
A greve é necessária, são cerca de 3500 trabalhadores (as) que estão sendo prejudicados e não conseguem sequer pagar as contas do mês. O GDF precisa agir para garantir as condições sanitárias destas escolas. Os (as) profissionais da limpeza e as merendeiras precisam ser valorizados (as). Educação de qualidade se faz com um ambiente escolar limpo e com o fornecimento regular de merenda. Pague o que deve para os(as) trabalhadores(as), Rollemberg!
Créditos das fotos: Prof. Josiane Cavalcante / CEF Telebrasília
