Em greve desde o dia 2 de junho, a categoria se mantém unida na luta em defesa da valorização profissional e de uma educação pública de qualidade. Nesse fim de semana, professores(as) e orientadores(as) educacionais realizaram uma série de ações no Plano Piloto, com a participação dos(as) profissionais das cidades das regiões norte e sul do DF.
“O Eixo é da população do DF, o Eixo é do professor e da professora, do orientador e da orientadora educacional, e nós estamos na luta, hoje, no domingo, para dizer a Ibaneis que a greve continua”, disse a diretora do Sinpro Berenice Darc sobre a ação realizada no Eixo Norte, altura da 208, nesse domingo (8/6).
Centenas de pessoas se somaram à ação que contou com a participação da banda Muralha Antifascista e ampliou o diálogo com a sociedade sobre a greve da educação. “A greve da educação foi ao Eixo dizer à população que o governador Ibaneis está sendo covarde e falta com a verdade. “Ele (o GDF) foi à televisão dizer que tem negociação, que deu reajuste. É tudo mentira”, afirma.
Ainda no domingo (8/6), concomitantemente à atividade do Eixo Norte, professores(as) e orientadores(as) educacionais se manifestaram na Torre de TV. Lá, realizaram aula pública e panfletagem sobre os motivos da greve. “Nossa greve é justa e legal. O STF já reconheceu isso, e o governo tem que cumprir. Nossa pauta vai muito além que questões econômicas: ela visa uma educação pública de qualidade, que transforme o nosso DF”, disse a diretora do Sinpro Márcia Gilda.
Atividades de sábado
No sábado (7/6), foram realizados piquetes em diversas cidades-satélites do DF. A categoria foi às ruas dialogar com a população sobre as reivindicações do magistério público e reforçou, mais uma vez, que a responsabilidade pela retomada das aulas está nas mãos do governador Ibaneis Rocha.
Greve | Assembleias regionais nesta segunda (9), às 14h
Jornalista: Vanessa Galassi
Nesta segunda-feira (9/6), professores(as) e orientadores(as) educacionais realizarão assembleias regionais às 14h. É essencial a participação da categoria, frente aos recentes acontecimentos, como, por exemplo, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender a multa de R$ 1 milhão por dia de greve.
Além de ser um local de debates sobre as reivindicações do magistério público do DF, as assembleias são espaços democráticos de diálogo e de mobilização da categoria.
Confira a seguir os locais das assembleias regionais. Todas elas serão realizadas às 14h. Participe!
Brazlândia – CEM 01 Ceilândia – CEF 20 Gama – CEM 01 (CG) Guará – CED 03 (Centrão) NúcleoBandeirante – CEMUB Paranoá – CEF 01 Planaltina – CEF 02 (Paroquial) PlanoPiloto – Sede do Sinpro (SIG) RecantodasEmas – CEF 101 Samambaia – CEM 304 SantaMaria – CEE 01 SãoSebastião – Caic Unesco Sobradinho – CEM 01 Taguatinga – CEMAB
GREVE DA EDUCAÇÃO | Veja agenda de atividades para este fim de semana
Jornalista: Vanessa Galassi
O fim de semana será de luta e festa em defesa da greve da educação. Piquetes, panfletagem, aula pública, ato e música reunirão professores(as), orientadores(as) educacionais, toda a comunidade escolar e a população em geral.
No sábado (7/6), serão realizados piquetes em todas as cidades do DF. Em greve desde o dia 2 de junho, a categoria dialogará com a população sobre a luta do magistério público e, mais uma vez, reforçará que está nas mãos do governador Ibaneis Rocha a volta dos(as) estudantes às salas de aula. Mais detalhes, como ponto de encontro, entre em contato com os diretores do Sinpro da regional correspondente.
No domingo (8/6), serão realizadas duas atividades concomitantemente, a partir das 10h. Na Torre de TV será realizada aula pública. A atividade é voltada às cidades da Região Sul do DF. Já para as cidades da Região Norte, está agendado ato em apoio à greve no Eixo Norte, altura da 208, com a participação da banda Muralha Antifascista.
As ações têm como objetivo mostrar a força do movimento paredista, ampliar a rede de apoio e mostrar que a luta pela educação pública não é somente de professores(as) e orientadores(as) educacionais, mas de toda a sociedade.
Em resposta a ação do Sinpro, STF suspende multa abusiva de Ibaneis à greve
Jornalista: Letícia Sallorenzo
Em decisão publicada na manhã desta sexta-feira (6/6), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino cancelou a multa de R$ 1 milhão por dia de greve motivada pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, e decidida pela desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) Lucimeire Maria da Silva. A decisão do ministro é uma resposta à reclamação ajuizada pelo Sinpro na quinta-feira (5/6). O ministro também demonstrou preocupação com o argumento apresentado pelo Sinpro de que o GDF não cumpre decisão da Justiça Federal de regularizar o repasse do INSS dos profissionais em regime de contrato temporário.
Na decisão, o ministro relator aponta que “o Sinpro-DF afirma que a paralisação decorreu de suposto inadimplemento de obrigações previdenciárias pelo ente distrital — conduta que, se confirmada, poderá ensejar a atuação desta Suprema Corte junto às instâncias competentes, diante da hipotética gravidade institucional”. Em outras palavras, o magistrado já adiantou que a ausência de repasse do pagamento do INSS dos contratos temporários é uma “gravidade institucional”.
“O ministro Flávio Dino ‘conheceu’ da ação, ou seja, ele decidiu que há elementos na ação para que ela seja julgada, a partir do argumento do não-repasse do INSS que havíamos apresentado, argumentando se tratar de assunto grave”, explica o Dr. Lucas Mori, advogado do Sinpro, que completa: “neste momento, há 17 mil profissionais que não podem ficar doentes ou sofrer um acidente, pois terão o afastamento indeferido pelo INSS por falta de repasse”, lembra o advogado.
Além de cassar a multa diária de um milhão de reais, a medida cautelar solicita informações à desembargadora Lucimeire Maria da Silva e ao governo do Distrito Federal.
Vitória do Sinpro
A decisão do STF é consequência da luta do Sinpro em defesa da categoria. O coordenador da secretaria de assuntos jurídicos do sindicato, Dimas Rocha, lembra que essa vitória “significa que desde o início a reivindicação dos professores era e é justa; significa que quem é ilegal nessa história é um governo que não cumpre as funções para a qual foi eleito; significa que quem abandona a educação não são os educadores do Distrito Federal, mas quem não cuida de melhores condições de trabalho e quem não garante salários dignos para os profissionais da educação do DF.
A diretora do Sinpro Márcia Gilda complementa: “Senhor governador, cumpra com suas prerrogativas e valorize os profissionais da educação do DF. Enquanto isso não acontecer, estaremos todos e todas em greve!”.
Proporcionalidade, razoabilidade, adequação e menor onerosidade
Ao decidir sobre a multa abusiva imposta ao Sinpro, o ministro Flávio Dino afirma que “a imposição de penalidade nesse patamar configura violação ao entendimento firmado por esta Suprema Corte na ADI nº 5.941”. O ministro conclui que “a imposição de multa diária de um milhão de reais, sem qualquer fundamentação específica quanto à capacidade econômica da entidade sindical, desborda manifestamente desses parâmetros e configura sanção desproporcional e irrazoável. Trata-se de providência que compromete a liberdade sindical e a efetividade do direito de greve, assumindo natureza punitiva, e não meramente indutiva, o que é expressamente vedado por esta Corte nos termos da ADI 5941”, afirma a decisão.
Próximos passos
Após a manifestação da desembargadora Lucimeire Maria da Silva e do Governo do Distrito Federal, o relator irá analisar as provas apresentadas pelo sindicato para decidir se houve, de fato, o descumprimento do repasse do INSS e outros descumprimentos alegados pelo Sinpro em relação ao acordo de greve. “Temos centenas de ações de profissionais do Contrato Temporário com doenças graves como câncer e AVC que não podem se afastar do trabalho porque o GDF deixou de efetuar o repasse do INSS”, lembra o Dr. Lucas Mori.
O Sindicato das Professoras(es) e Funcionárias(os) de Escola do RS (CPERS) manifestou apoio à greve da educação do DF. Em nota publicada na quarta-feira, o sindicato gaúcho expressa apoio irrestrito ao movimento paredista brasiliense, ao mesmo tempo em que repudia as tentativas do governo Ibaneis-Celina de intimidar a categoria com judicialização e multas absurdas.
A nota do sindicato conclui afirmando que “O CPERS caminha lado a lado com o SINPRO/DF, em cada sala de aula fechada em resistência, em cada ato público, em cada voz que se levanta por uma educação pública de qualidade e pelo reconhecimento efetivo de quem faz a educação acontecer.”
A ação do CPERS fortalece a lista de entidades de todo o Brasil que se solidarizam à categoria do magistério do DF.
Em mais uma manifestação de solidariedade e apoio que o Magistério público do DF recebe, a APP Sindicato, do Paraná, expressou total apoio à greve da rede pública de educação do DF. O Sindicato dos(as) professores(as) e funcionários(as) de escola do Paraná.
A nota do sindicato paranaense lembra que a decisão do magistério do DF pela greve é “medida necessária para defender seus direitos diante da omissão do governo no atendimento às reivindicações por salário, valorização e melhorias na educação pública.”
A nota afirma ainda que “A truculência do governo é acentuada quando decide pela proibição do exercício do direito à greve, por meio de judicialização e imposição de multas e penalizações à categoria e ao Sindicato. Uma afronta ao direito de organização sindical”.
Leia a íntegra da nota do APP Sindicato
A APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná expressa total apoio à greve das professoras e dos professores da rede pública de Educação do Distrito Federal, iniciada no dia 2 de junho de 2025, categoria representada pelo SINPRO-DF.
Ao decidir pela realização da greve, a categoria a faz como medida necessária para defender seus direitos diante da omissão do governo no atendimento às reivindicações por salário, valorização e melhorias na educação pública.
A greve é direito assegurado na Constituição Federal, que também garante à classe trabalhadora a livre a associação profissional e sindical como instrumento de luta e defesa de seus interesses frente às arbitrariedades do Estado.
A truculência do governo é acentuada quando decide pela proibição do exercício do direito à greve, por meio de judicialização e imposição de multas e penalizações à categoria e ao Sindicato. Uma afronta ao direito de organização sindical.
As perdas impostas aos trabalhadores e às trabalhadoras da Educação são consequência de medidas governamentais de descumprimento de direitos legalmente instituídos como fruto de lutas históricas em todo o País. Passam pela campanha salarial, carreira, condições de trabalho e de resistência da própria Educação Pública.
A APP-Sindicato manifesta apoio e solidariedade à categoria no DF, com o desejo de que a greve e as negociações garantam o atendimento da pauta e fortalecimento da Educação Pública.
O Sindicato dos trabalhadores de empresas e órgãos públicos e privados de processamento de dados, serviços de informática, similares e profissionais de processamento de dados do DF (SINDPD-DF) publicou em seu site nota de apoio à greve da educação do DF.
A nota, que se soma às várias manifestações de apoio à categoria do Magistério no DF, abre lembrando que “quando direitos são desrespeitados, a educação é sucateada e o diálogo é ignorado, a greve se torna um ato de coragem e compromisso com o futuro.”
O texto do SINDPD-DF aponta o governador Ibaneis Rocha e a vice-governadora Celina Leão como os verdadeiros culpados pela greve da educação, que “ainda tentam criminalizar um movimento legítimo e amparado pela Constituição.”
Na nota, o sindicato afirma entender que “a luta por educação pública, gratuita e de qualidade é também nossa luta. Somos profissionais de TI, muitos de nós com filhos nas escolas públicas, com familiares na rede de ensino, com consciência de que sem educação, não há futuro, nem progresso tecnológico, nem justiça social.”
SindMetrô/DF envia à diretoria do Sinpro carta de apoio à greve da educação
Jornalista: Letícia Sallorenzo
Após manifesto em sua conta do Instagram, a diretoria do SindMetrô/DF, o sindicato dos metroviários do Distrito Federal enviou carta em solidariedade à diretoria do Sinpro-DF.
A carta de solidariedade, assinada por Renata Campos Strafacci, da Secretaria de Relação sindical, lembra que não tem sido fácil conseguir valorização do governo Ibaneis-Celina, e que os funcionários do Metrô/DF “tem vivido já em condições difíceis por falta de investimentos para melhorar a qualidade dos serviços prestados pelo Distrito Federal, seja ele na educação, transporte, saúde, entre outros.”
Na conclusão, a diretoria do SindMetrô/DF se põe à disposição do Sinpro e manifesta apoio ao movimento paredista, “reforçamos que a luta de vocês é justa e sensata”.
As manifestações de apoio do SindMetrô somam-se à corrente de solidariedade de inúmeras entidades sindicais e da sociedade civil para o movimento paredista do magistério público distrital.
Governo apresenta proposta insuficiente: a greve continua!
Jornalista: Alessandra Terribili
No dia da primeira assembleia geral da greve, a firmeza e a mobilização do magistério público do DF garantiram uma substancial vitória: o governo que se recusava a apresentar proposta à categoria teve que rever sua posição. A comissão de negociação do Sinpro foi recebida, na manhã desta quinta-feira (5), no Palácio do Buriti, pelas Secretarias da Casa Civil, da Educação e da Economia do GDF.
Categoria aprova continuidade da greve | Foto: Deva Garcia
Representando o governo, Gustavo Rocha, secretário da Casa Civil; Hélvia Paranaguá, secretária de Educação; e Ney Ferraz, secretário de Economia, apresentaram à comissão de negociação proposta contendo 4 itens:
1) Convocação de 3 mil professores e professoras em dezembro/2025;
2) Prorrogação do concurso realizado em 2022;
3) Convocação de novo concurso público no segundo semestre;
4) Construção do calendário de reestruturação da carreira, com mediação do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT), e a participação das secretarias Casa Civil, de Educação e de Economia, com conclusão em até 90 dias.
Diante disso, professores, professoras, orientadores e orientadoras educacionais consideraram a proposta insuficiente e decidiram pela manutenção da greve.
A assembleia também definiu um calendário de mobilização, com assembleias regionais na segunda-feira (9/6), às 9h, e uma nova assembleia geral na terça-feira (10/6), às 9h.
A reunião entre representantes da categoria e do governo aconteceu a partir da mediação do presidente do TJDFT, desembargador Waldir Leôncio Júnior, que tratou sobre a greve com o sindicato e deputados distritais nessa quarta-feira (4/6).
Assembleia
Lotando o estacionamento da Funarte, a categoria suspendeu sua assembleia para aguardar a realização de reunião entre a comissão de negociação e o governo.
Diversos parlamentares da Câmara Legislativa e do Congresso Nacional estiveram presentes e manifestaram seu apoio ao movimento em falas à assembleia. Em uníssono, a categoria afirmou que o movimento paredista continua, e discutirá seus rumos nas assembleias regionais desta segunda-feira, 9.
Primeira assembleia da greve acontece nesta quinta-feira, dia 5
Jornalista: Alessandra Terribili
A primeira assembleia desde a deflagração da greve será realizada nesta quinta-feira, 5 de junho, às 9h. Reunidos no estacionamento da Funarte, professores, professoras, orientadores e orientadoras educacionais definirão os rumos do movimento paredista.
Desde o início do ano, o Sinpro vem buscando negociar a pauta de reivindicação da categoria com o governo local. Em reunião no último dia 21 de maio, o GDF afirmou que não apresentará qualquer proposta aos mais de 30 mil profissionais que atuam diariamente para garantir o direito da população a um ensino de qualidade.
Além dos itens da Campanha Salarial 19,8% rumo à Meta 17 – pela reestruturação da carreira já!, diversos outros itens igualmente importantes compõem a pauta de reivindicações. Entre eles, o cumprimento do acordo de greve de 2023; a nomeação de todos os aprovados e aprovadas no último concurso para o magistério, zerando o déficit de efetivos na rede, e a regularização do envio da relação de contribuições previdenciárias de professores em regime de contratação temporária ao INSS, problema que vem impedindo 17 mil pessoas de tirarem atestados médicos superiores a 15 dias.
“A primeira assembleia da greve vai demonstrar que a categoria está unida e firme. É de total interesse do Sinpro, bem como de toda a categoria, manter a normalidade do ano letivo de 2025. A garantia disso, entretanto, depende do GDF”, destaca Márcia Gilda, diretora do Sinpro. “Vamos definir as ações que fortalecerão a greve, rumo à vitória”, completa.