É com profundo pesar que o Sinpro informa o falecimento da professora Dalva Machado de Lima. O velório vai até 16h desta terça-feira (19/8), na Igreja Batista Bálsamo, em Vicente Pires. O sepultamento será às 16h30, no cemitério de Taguatinga.
Dedicada educadora, professora Dalva dedicou grande parte de sua vida à formação de gerações na rede pública de ensino. Com uma trajetória marcada pelo compromisso, trabalhou por significativos anos na Escola Classe 02 de Ceilândia, tendo sua última lotação na Escola Classe 41 de Taguatinga.
A atuação profissional respeitosa e afetuosa de professora Dalva resultou em inúmeras amizades e no carinho dos alunos e alunas com quem conviveu.
Mãe exemplar, professora Dalva deixa saudades. O Sinpro se solidariza com familiares e amigos da professora. Que seus corações sejam confortados.
Artigo | Professores apontam caminhos para um Ensino Médio alinhado ao PNE
Jornalista: Leandro Gomes
Em artigo científico, a professora aposentada da rede pública do DF Edileuza Silva e os professores Francisco Silva e Ricardo Pacheco discutem a relação entre o Plano Nacional de Educação (PNE), o financiamento da educação pública e o novo Ensino Médio.
Para os(as) autores(as), a política nacional para o Ensino Médio precisa estar articulada ao PNE e sustentada por financiamento estável. Isso garantirá, entre outros pontos, currículo, infraestrutura, formação docente e programas de permanência que atendam às reais necessidades dos(as) jovens.
Os(as) docentes apontam também que a reforma do Ensino Médio, de 2017, foi aprovada sob orientação de organismos internacionais com interesses alinhados ao mercado, evidenciando a disputa em torno do projeto de formação das juventudes brasileiras. Além disso, não houve diálogo com educadores(as), estudantes e sociedade civil organizada. Segundo os(as) autores(as), isso fragilizou a formação integral dos estudantes e aprofundou as desigualdades.
Nesse sentido, eles destacam a importância da organização e mobilização popular para defender o conteúdo aprovado na Conferência Nacional de Educação (CONAE) 2024 e garantir que o novo PNE (2025-2035), em discussão no Congresso Nacional, seja, de fato, efetivo.
Veja vantagens de ser filiado ao Sinpro com apenas um clique
Jornalista: Vanessa Galassi
Filiar-se ao Sinpro fortalece a luta da categoria e proporciona uma série de benefícios exclusivos para professores(as) e orientadores(as) educacionais que se associaram. Para facilitar o acesso ao espaço com todas as vantagens, o Sinpro disponibilizou a aba “benefícios” no site. Clique e veja descontos em viagens e hospedagem, faculdades, cinema, academia, além de acesso gratuito a espaços de lazer, atendimento jurídico e mais.
Algumas das vantagens para sindicalizados(as):
Masterclin – Quem é sindicalizado(a) e se cadastra no Clube de Vantagens Masterclin tem descontos e vantagens na compra e na contratação de produtos e serviços. São mais de 10 mil estabelecimentos conveniados, como faculdades; farmácias; academias, como a Bluefit; empresas de aluguel de carros e de venda de passagens aéreas; redes de hotéis e vários outros segmentos. Para se cadastrar no Clube de Vantagens Masterclin, envie mensagem no WhatsApp (61) 99966-8600.
Parques Aquáticos – Sindicalizados(as) com carteirinha Masterclin têm entrada gratuita no Águas Correntes Park, na Cidade Ocidental (GO), e todos(as) os(as) sindicalizados(as) têm entrada gratuita no Acqua Carrado Park, em Planaltina (GO). Piscinas, cachoeiras, toboáguas e muita natureza.
Cursos de formação continuada – Filiados(as) ao Sinpro podem se inscrever nos Cursos de Formação do Sindicato. Eles abrangem várias áreas, como gênero, raça, Libras, movimento sindical. As atividades podem contar para a progressão na carreira.
Sesc – A rede Sesc traz condições especiais em excursões com hospedagem, modalidades esportivas, atendimentos psicológicos, além de acesso à rede credenciada em todas as unidades do DF.
Atendimento jurídico – O Sinpro oferece a professores(as) e orientadores(as) educacionais sindicalizados(as) atendimento jurídico nas áreas cível, trabalhista, previdenciário, administrativo e de saúde. O atendimento pode ser on-line ou presencial, na sede do Plano Piloto ou nas subsedes do Gama, Planaltina e Taguatinga.
Chácara do Sinpro – Sindicalizados(as) ao Sinpro têm acesso aos quiosques da Chácara do Sinpro, localizada em Brazlândia (DF). O espaço tem churrasqueira, piscina natural, parquinho para as crianças, campo de futebol, além das belezas do Cerrado.
Sinpro no Cinema – Toda quinta-feira, professores(as) e orientadores(as) educacionais sindicalizados pagam apenas R$ 10 para assistir qualquer filme em cartaz no Cine Cultura, que fica no Liberty Mall. A programação é divulgada no mesmo dia, no site e nas redes do Sinpro.
Festas e eventos – O Sinpro realiza uma série de festas, festivais e eventos exclusivos para filiados(as).
Esse conteúdo está em constante atualização. Fique atento(a).
Fundaj oferece cursos de curta duração; inscrições até 17 de agosto
Jornalista: Leandro Gomes
Professores(as) e orientadores podem se inscrever nos Cursos de Curta Duração da Escola de Governo e Políticas Públicas. A qualificação é oferecida pela Fundação Joaquim Nabuco, vinculada ao Ministério da Educação, e oferece formações diversas com certificação. As inscrições vão até 17 de agosto.
Os cursos — que têm como público-alvo servidores públicos, estudantes e sociedade civil em geral — abordam temáticas distintas e atuais, relacionadas aos desafios contemporâneos da educação, gestão pública, cultura e de outras áreas estratégicas.
As aulas serão realizadas nos formatos presencial e/ou a distância (EaD), com turmas nos três turnos (manhã, tarde e noite). No total, são oferecidas 540 vagas.
Professora publica capítulo em e-book da UnB sobre inclusão de crianças com deficiência nas escolas
Jornalista: Maria Carla
A professora Ivone Garcia Marins, da rede pública de ensino do Distrito Federal, teve um artigo publicado no e-book “Artes Cênicas e Acessibilidade Cultural”. Lançada na quarta-feira (13/8), a obra foi organizada pelos professores Emerson de Paula e José Flávio Gonçalves da Fonseca, da Universidade de Brasília (UnB). Com o título “O letramento acerca do acolhimento das crianças com deficiência nas escolas da infância e Anos Iniciais do Ensino Fundamental: entre relatos de uma professora e dizeres das narrativas das crianças”, o texto da professora Ivone aborda a importância do acolhimento de crianças com deficiência nas escolas.
O e-book está disponível, gratuitamente, para leitura online e pode ser acessado por meio deste link: https://www.emanuscrito.com.br/livro94.html, além de estar disponível também no QR Code a seguir:
A obra reúne sete capítulos produzidos por estudantes da disciplina condensada “Tópicos Especiais em Cultura e Saberes em Artes Cênicas 2”, oferecida no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UnB (PPGCen). A disciplina tratou da temática da acessibilidade cultural nas artes cênicas. Vale destacar, ainda, que a publicação é uma produção do Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos em Espaços Culturais, Inclusivos e Deliberativos (NECID), vinculado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Quem é a professora Ivone
Ivone Garcia Marins é professora da Educação Básica da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) com atuação no Plano Piloto. Com formação em Pedagogia, atualmente, cursa o mestrado em Artes Cênicas e está em afastamento remunerado para estudo pela EAPE. É mestranda em Artes Cênicas pelo PPGCEN/UnB e desenvolve pesquisa sobre o acolhimento e a integração de crianças imigrantes e refugiadas nas escolas da rede pública do DF.
A docente também integra o grupo de pesquisa Imagens e(m) Cena (CNPq/UnB) e participa da Rede de Pesquisa Infâncias Protagonistas, coordenada pela professora Luciana Hartmann. Suas áreas de atuação envolvem temas como migração, educação, arte e infância.
Segundo Ivone, o capítulo publicado é resultado da disciplina cursada durante o mestrado na UnB, com foco em Cultura e Saberes em Artes Cênicas. A experiência possibilitou aprofundar a reflexão sobre inclusão e acessibilidade nas escolas, especialmente no contexto da infância e dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Estudante da Sala de Altas Habilidades de Santa Maria lança livro no 3º Fliparacatu
Jornalista: Maria Carla
A estudante Malu C. Santana, da Sala de Altas Habilidades em Linguagens de Santa Maria, lançará o livro “Florescendo em palavras” no 3º Fliparacatu – Festival Literário Internacional de Paracatu. A apresentação da obra será no sábado (30/8), às 17h, no Centro Histórico de Paracatu (MG). A publicação é uma coletânea de textos produzidos por Malu entre os 10 e os 14 anos de idade, e reúne poemas, contos, minicontos e textos dissertativos.
O festival, que ocorre de 27 a 31 de agosto, contará com uma programação intensa e diversa, incluindo oficinas, mesas de debates, exposições e lançamentos de livros. A jovem escritora, com apenas 15 anos, levará ao público a sensibilidade de seus escritos produzidos ao longo de sua formação como estudante com Altas Habilidades/Superdotação.
Malu é estudante do 2º Ano do Ensino Médio no Centro de Ensino Médio Integrado (CEMI do Gama). Ela também cursa francês no Centro Interescolar de Línguas do Gama (CILG), local em que já concluiu o curso de inglês.
O professor Rodrigo Silva de Santana, que atua como tutor no Polo de Altas Habilidades/Superdotação em Linguagens, no CAIC de Santa Maria, é responsável por conduzir projetos de estímulo à produção literária. Suas ações buscam preparar os(as) estudantes tanto para avaliações externas quanto para a vida adulta por meio da valorização da escrita como forma de expressão e construção de identidade.
3º Fliparacatu
De 27 e 31 a agosto, o Centro Histórico de Paracatu será palco da terceira edição do Festival Literário Internacional (Fliparacatu), com entrada gratuita e programação diversificada. O tema desta edição, “Literatura, encruzilhada e a desumanização”, propõe uma reflexão profunda sobre os desafios éticos e sociais contemporâneos.
Com curadoria de nomes como Bianca Santana e Jeferson Tenório, o evento reúne mais de 60 autores(as), dentre eles(as) Ana Maria Gonçalves e Valter Hugo Mãe, homenageados desta edição. Toda a programação contará com tradução em Libras e transmissão online pelo canal oficial do festival no YouTube.
Além de lançamentos literários e mesas de debate, o 3º Fliparacatu incluirá oficinas, exposições, apresentações musicais, a tradicional Maratona de Leitura, o projeto “Pão e Poesia” e o espaço “Fliparacatu da Gente”, dedicado à economia criativa local. A edição também marca a estreia do podcast “Flicast”, com Gustavo Ziller, e conta com atividades voltadas ao público infantojuvenil. O festival reafirma seu compromisso com a diversidade, o pensamento crítico e o fortalecimento da literatura como ferramenta de transformação social.
Escola Meninos e Meninas do Parque: 30 anos da “escola que fala” e resiste
Jornalista: Letícia Sallorenzo
Foi dia de celebração, mas também de cobranças e encaminhamentos. Os 30 anos da Escola Meninos e Meninas do Parque, comemorados em Sessão Solene no Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) na manhã dessa quarta-feira (13/8), levou ao Plenário da Casa Legislativa e deu voz a diversos estudantes da escola, que atende pessoas em situação de rua.
A Comissão de Educação e Cultura da CLDF vai preparar, em conjunto com a procuradoria do MPDFT, uma carta conjunta a ser encaminhada para diversas secretarias do GDF, como Casa Civil, Saúde, e Educação, com o intuito de viabilizar a interlocução política entre os diversos órgãos do Executivo em prol da população de rua, incluindo a busca ativa por estudantes EJA e transporte da população em situação de rua do centros Pop até a Escola Meninos e Meninas do Parque.
O encaminhamento surgiu após pedido da promotora Luisa de Marillac, presente à mesa da sessão solene. Ela sugeriu a carta conjunta interinstitucional para exigir alguns procedimentos importantes para a população de rua. A ideia é exigir um fluxo de encaminhamento entre a população de rua e a educação, trazendo como referência a Escola Meninos e Meninas do Parque.
A escola completou, no último dia 18 de abril, 30 anos de existência e resistência. O nome da escola vem do Movimento Nacional dos Meninos e Meninas de Rua, e batiza a escola pensada para acolher crianças e jovens em situação de rua que, naquele ano de 1995, viviam embaixo da marquise da Rodoviária do Plano Piloto. A primeira gestora, Palmira Eugênia, lutou muito para que a escola fosse instalada no Parque da Cidade – onde está até hoje e vive sofrendo com ameaças de remoção, por estar num espaço nobre de Brasília.
Sessão solene da CLDF em homenagem aos 30 anos da Escola Meninos e Meninas do Parque | Foto: Deva Garcia
A sessão solene na CLDF, convocada pelo presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputado Gabriel Magno, deu voz a diversas pessoas que estudam na instituição que é referência nacional de expertise no atendimento educacional a pessoas em situação de rua. E, com o microfone ligado, ouviu-se de tudo. De declamação de poesia a pedidos de ajuda com questões burocráticas e um “livro para eu aprender como ser técnico de futebol”.
O deputado Gabriel Magno disse aos presentes que, ao final do ano, levaria moção de louvor a cada um dos e das estudantes da escola: “Assim, vocês vão ter dois diplomas: o da escola e o da Câmara”.
Participaram da mesa, além de Gabriel Magno, a diretora do Sinpro Solange Buosi (que substituiu a diretora Regina Célia, impossibilitada de comparecer por questões de saúde); a doutora Luisa de Marillac, da 4ª Promotoria de Defesa dos interesses da Infância e Juventude do MPDFT; a diretora de Direitos Humanos da SEEDF, Patrícia Melo; a coordenadora do Movimento Nacional da População em Situação de rua, Joana Basílio (que é ex-aluna da escola); e, representando a Escola dos Meninos e Meninas do Parque, o vice-diretor da Escola, Jorge Luiz (Jorjão), a diretora Amelinha Araripe e o estudante Fernando.
A sessão começou com a estudante Raquel de Almeida declamando uma poesia para a escola. Ela tem 68 anos e contou orgulhosa que conclui este ano o ensino fundamental: “Eu parei de estudar na quinta série. Voltei aos 17, fiz o supletivo mas não continuei, e hoje estou terminando o fundamental aos 68 anos. Eu mando médico voltar pra escola pra aprender caligrafia!”
A diretora do Sinpro Regina Célia apontou à reportagem do Sinpro sobre “o direito à existência e do dever social de resistência que a escola abraçou de maneira freireana, responsável e humanizada. “Meu orgulho do trabalho dessa escola ultrapassou meu dever enquanto sindicato.”
A diretora do Sinpro Solange Buosi, presente à cerimônia, apontou que “estar com vocês aqui representando meu sindicato me orgulha profundamente, pois o Sinpro também tem o princípio humanista”.
Existentes e resistentes da “escola que sabe falar”
A Escola Meninos e Meninas do Parque, segundo o estudante Ênio, é uma escola “que sabe falar”. E, na sessão solene desta quarta-feira, ela falou por meio de seus e suas estudantes. Em declarações simples e carregadas de sinceridade, esteve presente o carinho e o reconhecimento pelo trabalho realizado pelos professores e professoras da escola, e o tanto que o acolhimento na escola fez a diferença em suas vidas:
“Eu estou há 3 meses na escola, e meu dia a dia tem melhorado muito por isso. Quero destacar os professores e a escola, por nos ensinarem a olharmos mais pra nós mesmos, nos mostrando nosso potencial que podemos desenvolver e também a importância de colocar o coletivo sobre o individual”, disse Ênio.
“A diretora me disse uma vez que podem tomar tudo o que for da gente: um boné, um celular, até o namorado ou namorada. Mas o que ninguém vai tirar de você é o seu estudo”, contou Rafaela.
“Eu nasci em 1958. Na minha época, meus pais diziam que escola não prestava, o que prestava era trabalhar na roça, sem máquina, só na mão. Naquela época, não tinha escola, quem ensinava pra gente era o colégio das irmã. Agradeço às professoras, porque o que eu devia ter estudado há 40 anos eu estou estudando hoje”, falou Antônio Silveira da Rosa. O deputado Gabriel Magno pontuou: “sempre é tempo de estudar, e o papel do estado é garantir esse direito!”
“Meu nome é Jean, estudo há 3 anos na escola. Vejo que muito do que acontece lá é por causa do empenho de quem trabalha na escola. E, mesmo com o pouco recurso, a gente se empenha ao máximo pra fazer que o ensino seja bom e as festas sejam bem-feitas e fiquem na memória de quem participa. Só tenho a agradecer ao colégio por abrir as portas pra mim e hoje, graças à escola, eu estou vendo minha vida de outra forma”, relatou um senhor de cabelos brancos.
Na fala da ex-aluna da escola, Joana Basílio, que hoje é coordenadora do movimento das pessoas em situação de rua, a explicação do carinho dos e das estudantes: “A escola faz a diferença para a população de rua, porque é inclusiva de verdade, e acolha as demandas dessa população.”
A promotora Luisa Marillac demonstrou que a escola é a prova de que as políticas públicas, bem aplicadas, funcionam: “a garantia dos direitos humanos pode acontecer com continuidade e permanência. Essa escola nos mostra isso. A política pública tem a capacidade de revelar o brilho das pedras preciosas que todos somos. Nesse momento, vemos sentido nas nossas vidas e em nossas profissões. Profissionais como a Amelinha e Jorjão são os lapidadores dessas pedras, e a Escola Meninos e Meninas do Parque oferece ao Brasil inteiro o expertise para atender à população de rua.
A representante da SEEDF, Patrícia Melo, informou que a secretaria está em fase final de elaboração de uma diretriz de escolarização de pessoas em situação de rua, que acaba de ser atualizada junto com o corpo gestor da Escola Meninos e Meninas do Parque, e vai ser lançada ainda no segundo semestre.
O vice-diretor Jorge Luiz, o Jorjão, lembrou emocionado quando a escola chegou ao imóvel que ocupa hoje, no Parque da Cidade: “Era um acampamento de escoteiros abandonado, e transformamos ela no espaço que é o que vocês conhecem hoje. Agradeço ao Gabriel [Magno] por abrir esse espaço pra gente.” Em seguida, dirigiu-se aos estudantes no plenário e declarou: “Vocês são guerreiros, pois vão a pé para a escola. Quando eu chego na escola e vejo o olhar e o carinho de vocês, eu me sinto realizado.”
Em seu depoimento, a diretora Amelinha Araripe lembrou que a primeira diretora da escola, Palmira Eugênia, lhe ensinou sobre a importância do acolhimento, e também recordou de um estudante da escola, “seu Orisvaldo, que caminhava longas distâncias pra chegar à escola, com a perna ferida, e dizia: ‘minha perna dói, mas a minha cabeça tá inteira!’” Ela demonstrou a peculiaridade dos alunos da escola: “Estudante da Escola Meninos e Meninas do Parque não tem mais tempo a perder. E nós estamos lá para acompanhar os sonhos deles.”
O “nós” de Amelinha envolve todo o corpo docente da escola que, na opinião da diretora, não está lá por acaso: “Lembro de uma das professoras levando bolo e coca cola pra escola pra ensinar fração. Ou a professora que está hoje no plenário, que já tirou bicho do pé dos alunos”.
Ao Sinpro, Amelinha dedicou um carinho especial: “Quero dizer ao Sinpro que estamos juntos! Nossos alunos estiveram conosco em todas as paralisações. Demonstramos a eles que estamos também reivindicando nossos direitos, e isso é também lição de cidadania”.
CIL 01 de Brasília – 50 anos democratizando o ensino de língua estrangeira
Jornalista: Luis Ricardo
Há 50 anos, o sonho de democratizar o ensino de línguas estrangeiras no Distrito Federal saiu do papel com a criação do Centro Interescolar de Línguas 01 de Brasília. Desde sua criação, em 1975, o CIL se tornou referência no país.
Ao longo dessas cinco décadas, a escola formou milhares de alunos. Muitos deles transformaram o domínio de uma segunda língua em oportunidades acadêmicas e profissionais. Com uma proposta pedagógica inclusiva, o CIL 01 simboliza a democratização do conhecimento no DF, e reforça a premissa de que a educação pública pode ser transformadora.
Professores e professoras do CIL 01/diurno | Foto: aqruivo CIL 01
“Em meio século de existência, a escola tem inspirado o amor de professores e ex-professores pelo ensino de línguas estrangeiras, transformando a trajetória de milhares de estudantes. Muitos desses alunos, que no início nem imaginavam falar outro idioma, hoje ganham o mundo como profissionais, acadêmicos e cidadãos globais. Alguns retornaram ao próprio CIL como docentes exemplares, perpetuando um ciclo virtuoso de dedicação, excelência e paixão pelo conhecimento”, declara a vice-diretora do CIL 01 de Brasília, Mônica Harumi Shimizu.
A diretora do Sinpro Izabela Cintra atuou durante 25 anos como professora do CIL 01, e afirma que este é seu “maior orgulho”. “Meu maior orgulho foi atuar durante os meus 25 anos de Secretaria de Educação em uma escola que democratiza o ensino de línguas estrangeiras e cria oportunidades para alunos das escolas públicas. Esse orgulho fica ainda maior quando encontro ex-alunos que hoje são médicos, advogados, de várias outras profissões, e falam como aprender uma outra língua fez diferença em suas vidas”, conta.
Professores e professoras do CIL 01/noturno | Foto: arquivo CIL 01
Calendário de comemorações
Para comemorar os 50 anos de história e sucesso, o CIL 01 de Brasília realiza uma série de festividades.
Nesta quinta-feira (14), às 19h, será realizada uma sessão solene no próprio centro (SGAS I 907/908, Módulos 25/26 – Asa Sul). Clique aqui e veja as fotos da solenidade.
Dia 18 de agosto, as homenagens serão às 10h, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
As festividades prosseguem no dia 30 de agosto com a realização de uma grande festa, com música ao vivo e foodtrucks. Interessados(as) devem procurar o Centro de Referência do CIL 01 para reservar seu convite. O prazo vai até o dia 22 de agosto ou até que se esgotem os ingressos.
As celebrações seguem na primeira semana de setembro com o protagonismo dos(as) alunos(as) no tradicional Festival de Tortas, evento gastronômico e cultural que, neste ano, ganha um significado especial por estender as comemorações do cinquentenário.
Inscrições para III Prêmio Paulo Freire de Educação prorrogadas até 24/8
Jornalista: Vanessa Galassi
Profissionais de educação, professores(as), estudantes, familiares de alunos(as), estudiosos, ativistas pelo direito à educação e comunidades escolares de forma geral que não conseguiram se inscrever na 3ª edição do Prêmio Paulo Freire de Educação (PPFE) terão uma segunda chande. As inscrições foram prorrogaras até 24 de agosto, e pode ser feita pelo site do PPFE.
A iniciativa é da Câmara Legislativa do Distrito Federal, por meio do deputado distrital Gabriel Magno (PT). Capitaneada pela Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Casa, a premiação seleciona projetos inovadores que contribuem para incrementar, enriquecer e solucionar desafios do campo educacional.
Entre os requisitos, os(as) candidatos(as) devem ter em sua trajetória ações que abordem o direito à educação, a gestão escolar democrática, o Plano Distrital de Educação e/ou projetos político-pedagógicos que impactem os territórios onde as instituições educativas se inserem.
Para participar da 3ª edição do Prêmio, os projetos precisam ser inscritos em uma das seguintes temáticas:
– Educação sobre história e cultura afro-brasileira, indígena e antirracista;
– Promoção da inclusão e diversidade na educação;
– Cultura de paz;
– Educação ambiental e patrimonial;
– Práxis transformadoras nas áreas do conhecimento e na formação continuada;
– Proteção da criança e do adolescente;
– Inclusão digital;
– Interação entre escola e comunidade
A CEC selecionará três finalistas de cada um dos eixos temáticos. No dia 25 de setembro, a Câmara realizará sessão solene para a entrega do Prêmio, com homenagens aos vencedores.
Serviço:
III Prêmio Paulo Freire de educação
🗓️ Inscrições prorrogadas até 24 de agosto de 2025
3ª edição de concurso da CNTE premia ações que transformam a educação pública
Jornalista: Leandro Gomes
Professores(as) e orientadores(as) educacionais do magistério público do DF de até 35 anos de idade podem se inscrever na 3ª edição do concurso “Juventude que Muda a Educação Pública”. De iniciativa da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a proposta valoriza práticas emancipadoras protagonizadas por jovens trabalhadores(as) da educação em todo o Brasil.
As inscrições vão até 31 de outubro, via formulário on-line, com envio do projeto em PDF. O resultado será divulgado no dia 13 de novembro, nas páginas oficiais da CNTE.
Os(as) vencedores(as) terão a oportunidade de apresentar seus projetos durante o 1º Conselho Nacional de Entidades da CNTE, em 2026. Além disso, a premiação também oferece passeio cultural pela capital federal.
Ao todo, serão selecionadas cinco iniciativas — uma de cada região do Brasil — que se destaquem pelo impacto social, respeito aos direitos humanos, vínculo com a pedagogia freireana e promoção da cidadania.
O concurso
O “Juventude que Muda a Educação Pública” é organizado pelo Departamento de Juventude da CNTE, em parceria com coletivos estaduais, e visa também fortalecer o vínculo entre a juventude, seus sindicatos e a confederação, promovendo o reconhecimento de ações transformadoras nos espaços escolares e comunitários.
Os trabalhos serão avaliados por uma comissão nacional, composta por representantes de todas as regiões do país, que analisarão propostas de fora de sua área de origem.
Para a CNTE, “essa é uma oportunidade de dar visibilidade às ações que transformam a educação pública a partir da juventude, promovendo inclusão, participação social e práticas pedagógicas libertadoras”.