Fim da escala 6×1 é mais que viável: é necessário

O Plebiscito Popular por um Brasil Mais Justo quer saber qual a opinião das brasileiras e dos brasileiros sobre o fim da escala 6×1 e sobre a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, sustentada pela maior taxação de quem ganha acima de R$ 50 mil. Nesta matéria, vamos aprofundar o debate sobre o fim da escala 6×1, contextualizada na histórica luta sindical pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários.

 

>>> Leia também: Justiça tributária, a irmã da justiça social

 

A redução da jornada de trabalho é pauta da classe trabalhadora desde a Revolução Industrial. Mobilizações históricas por todo o mundo resultaram em avanços, até atingirmos as 44 horas semanais atuais no Brasil – onde as primeiras reivindicações ocorreram na década de 1930.

Hoje, discutimos no país o fim da escala 6×1 (6 dias de trabalho para 1 de descanso), enquanto o modelo de jornada 4×3 já é testado em diversos países e empresas. Esse é um debate diretamente ligado a jornadas exaustivas, ritmos intensos, condições insalubres, perigosas, penosas, e também à saúde mental dos trabalhadores.

A escala de trabalho 6×1 é amplamente utilizada em diversas áreas, especialmente em atendimento ao cliente, comércio e setores de serviços. No entanto, estudos e análises recentes indicam que a manutenção desse sistema não apenas é ultrapassada do ponto de vista da produção – conforme atestam experiências ao redor do mundo -, como é prejudicial e desumana em relação aos trabalhadores e trabalhadoras.

 

 

A vida além do trabalho

Não é mistério que jornadas de trabalho exaustivas, como no caso da escala 6×1, aumentam o risco de problemas de saúde mental e física. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o excesso de trabalho está relacionado ao aumento de casos de ansiedade, depressão, doenças cardiovasculares e distúrbios do sono. E mais: dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelam que, nos últimos 20 anos, aumentaram no mundo mortes relacionadas a jornadas de trabalho abusivas.

Do ponto de vista humano, que não deveria ser tratado como aspecto menor, o cansaço e a falta de tempo obviamente comprometem tanto a saúde quanto as diversas dimensões da vida social de cada pessoa. Nesse sentido, a escala 6×1 prejudica relações pessoais e a perspectiva de uma vida social saudável; prejudica também a promoção da saúde, não deixando tempo para a prática de atividades físicas e de lazer; bem como interdita a possibilidade de crescimento profissional através da qualificação via cursos e estudos.

Além disso, apenas uma pessoa que não é integralmente consumida pelo trabalho tem a possibilidade de se envolver em assuntos da sua comunidade, seja do bairro, da categoria, de um segmento. A cidadania e a participação social também agradecerão o fim da escola 6×1.

 

Produtividade

O impacto das jornadas exaustivas sobre a saúde do trabalhador e da trabalhadora traz consequências diretas sobre a produtividade. Quando a recuperação física e emocional fica comprometida, observa-se um aumento do absenteísmo e diminuição da capacidade produtiva.

Escalas de trabalho mais humanas podem melhorar a produtividade, reduzir os gastos com saúde, reduzir a rotatividade de funcionários e o absenteísmo. Obviamente, funcionários que não estejam exauridos trabalham melhor.

No mais, no que se refere à produtividade, há que se considerar que o fator trabalho é apenas dos pilares. Segundo a socióloga Adriana Marcolino, diretora técnica do Dieese, em palestra realizada pela Fundacentro, a produtividade também depende do investimento que a empresa/indústria faz em tecnologia, infraestrutura, qualificação profissional. Portanto, essa conta não deve ficar nas costas apenas do trabalhador.

“O custo do trabalho por hora por empregado no Brasil é inferior a muitos países da América Latina que têm economias mais fragilizadas que a nossa”, aponta Adriana. “Portanto, temos espaço para reduzir a jornada e redistribuir a riqueza”.

Adriana Marcolino também destacou que hoje, enquanto alguns cumprem jornadas até mais extensas que as 44 semanais permitidas pela legislação trabalhista, muitos vivem de trabalhos inconstantes, os chamados “bicos”, que, mais que precarizados, trazem profunda insegurança ao trabalhador, que não tem como prever o pagamento que receberá – e se receberá – na semana seguinte.

O fim da escala 6×1 vai contribuir para incluir mais trabalhadores e trabalhadoras no mercado formal. “Repensar a jornada de trabalho, redistribuir as horas entre a classe trabalhadora beneficiaria a estrutura de trabalho na sociedade brasileira”, afirmou ela. “A redução de 44 pra 40 horas semanais gera mais de 3,5 milhões de empregos. Se reduzirmos para 36 horas, serão cerca de 8 milhões de novos postos”, completa.

É como diz um velho slogan do movimento sindical: trabalhar menos para trabalharem todos.

 

Recorte de gênero

Outro impacto positivo do fim da jornada 6×1 é melhorar as condições para as mulheres se manterem no mercado de trabalho. Como, na ampla maioria dos casos, elas ainda são as responsáveis quase exclusivas pelo trabalho doméstico e de cuidados, jornadas extensas acabam por empurrá-las para fora do mercado.

“Redistribuir as horas de trabalho e incidir na divisão sexual do trabalho resultaria em cerca de 18 milhões de mulheres a mais no mercado”, afirmou a socióloga do Dieese, Adriana Marcolino.

 

 

Mais que viável: necessário

O fim da escala de trabalho 6×1 é uma medida não apenas viável, mas necessária para promover uma sociedade mais saudável, equilibrada e produtiva. Os dados e estudos disponíveis reforçam que jornadas mais humanas trazem benefícios para os trabalhadores e trabalhadoras, suas famílias, as empresas e a sociedade como um todo.

É hora de repensar modelos ultrapassados e avançar rumo a uma organização do trabalho que priorize o bem-estar e o emprego.

Você pode se posicionar sobre esse importante debate no Plebiscito Popular por um Brasil Mais Justo. A sede e subsedes Sinpro são pontos de votação (confira os endereços abaixo). Também é possível votar online, pelo link https://plebiscitopopular.votabem.com.br/?id=10232HL5536.

 

>>> Leia mais: Plebiscito Popular 2025 mobiliza o país pelo fim da escala 6×1

 

SIG
Quadra 6 Lote 2260 – Setor Gráfico

Taguatinga
CNB 04 Lote 03 Loja 01

Gama
Área Especial 20/21 Salas 43 e 45. Ed. Alternativo Center – Setor Central

Planaltina
Av. Independência Quadra 05 Lote 18 – Vila Vicentina

Outros locais de votação presencial:

CUT-DF
Setor de Diversões Sul – Ed. Venâncio V, bloco R, subsolo, lojas 4, 14 e 20 – Asa Sul

Rodoviária do Plano Piloto

Campus Darcy Ribeiro UnB (Ceubinho)

Feira de Ceilândia
St. M CNM 2 – Ceilândia Centro

 

Concurso de redação da UFMG premia estudantes do ensino médio com R$ 500; inscrições até 17/8

Estudantes do ensino médio podem se inscrever até 17/8 no II Concurso de Poemas e Textos Dissertativos- Argumentativos. A competição, que faz parte da programação do IX Congresso da Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), oferece premiação de R$ 500 (quinhentos reais).

O concurso é dividido em duas categorias — texto dissertativo-argumentativo e poema —, com regras e premiações específicas. Cada participante poderá inscrever apenas uma redação por modalidade, podendo optar participar de uma ou das duas. Veja mais detalhes abaixo.

Os textos deverão ser enviados exclusivamente pelo formulário: https://forms.gle/mXvXAUdE7WeajteP7.

As inscrições que não apresentarem todos os documentos e informações exigidos serão desclassificadas. Também serão eliminados estudantes que utilizarem de inteligência artificial para produção do texto.

Como deve ser a redação

Tanto o texto dissertativo-argumentativo quanto o poema deverão abordar, obrigatoriamente, a temática do trabalho escravo contemporâneo, compreendendo questões como trabalho forçado, condições degradantes de trabalho, servidão por dívidas, jornadas exaustivas ou outros aspectos relacionados ao tema.

O poema deverá ter, no máximo, duas páginas, e o texto dissertativo, até 30 linhas.

Premiação

O(a) vencedor(a) da categoria poema receberá certificação e premiação em dinheiro no valor de R$ 500 e será convidado(a) a participar presencialmente do IX Congresso da Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas da UFMG para apresentar o texto durante o evento. As despesas de transporte (ida e volta), acomodação e alimentação do(a) estudante e seu responsável serão custeadas pela organização do Concurso.

Já o(a) vencedor(a) da categoria texto dissertativo-argumentativo receberá premiação em dinheiro no valor de R$ 500, certificado e terá o nome mencionado oficialmente durante o Congresso.

Os(as) vencedores(as) das duas modalidades serão comunicados(as) no dia 25 de agosto por e-mail ou telefone informados durante a inscrição.

Mais informações no edital (link).

O IX Congresso da CTETP

Com o tema “Rememorar para esperançar: 30 anos de enfrentamento ao trabalho escravo e perspectivas para a concretização do trabalho decente até 2030”, o IX Congresso da CTETP será realizado nos dias 11 e 12 de setembro de 2025, na Faculdade de Direito da UFMG, em Belo Horizonte.

Cuidar da saúde do professor e do orientador educacional é cuidar da educação de qualidade

No dia 5 de agosto é celebrado o Dia Nacional da Saúde. A data marca o aniversário do médico e sanitarista Oswaldo Cruz — que desenvolveu importantes campanhas sanitárias de combate e erradicação de epidemias no Brasil — e estimula a reflexão sobre a promoção, prevenção e proteção da saúde no país.

O dia também chama a atenção para a realidade enfrentada diariamente por profissionais do magistério no Brasil. Hoje, falar de saúde na educação é falar de problemas que perpetuam há décadas, gerando preocupação e adoecimento da categoria, além de prejuízos ao processo de ensino-aprendizagem.

Para se ter uma ideia da gravidade do cenário, o afastamento de professores(as) e orientadores(as) educacionais por absenteísmo-doença se tornou um grande desafio para políticas públicas. Entre as principais causas estão problemas de saúde mental, distúrbios osteomusculares, doenças da voz e problemas relacionados à sobrecarga de trabalho.

A desvalorização da carreira do magistério, as condições laborais precárias, a superlotação das salas de aula, a pressão social e as diversas violências que se manifestam no ambiente escolar também são fatores de adoecimento.

Para a diretora do Sinpro Élbia Pires, diante da realidade preocupante, são necessárias mudanças urgentes e estruturais nas políticas públicas para garantir que professores(as) e orientadores(as) educacionais tenham condições plenas de realizar seu trabalho.

“Mais que isso, é fundamental a construção de uma cultura de prevenção ao adoecimento no ambiente escolar. Nossa categoria está adoecida pelo excesso de trabalho, pela falta de condições adequadas e pelo descaso histórico com a saúde mental e física dos profissionais da educação. É urgente que políticas públicas e medidas concretas sejam implementadas para garantir ambientes mais saudáveis e respeitosos, que permitam ao(à) professor(a) e ao(à) orientador(a) educacional exercer sua função sem comprometer sua saúde e qualidade de vida.”

Impacto no ensino-aprendizagem

Para além de impactos prejudiciais na vida pessoal e social, o adoecimento de profissionais do magistério também compromete o processo de ensino-aprendizagem, como explica a psicóloga do Sinpro Luciane Kozicz.

“Professores(as) e orientadores(as) educacionais que estão em processo de adoecimento não chegam por inteiro à sua atividade. Irritação, falta de concentração, excesso de demandas e outras questões tornam a relação com o trabalho um fardo a ser carregado. O resultado disso é um trabalhador em pane, cansado e muitas vezes dopado para dar conta de tantas prescrições”, disse.

Para ela, a categoria é o fio condutor que revelará todas as relações com a organização do trabalho, colegas e comunidade. “Se houver sobrecarga, falta de condições de trabalho, inseguranças, variação constante de colegas e equipes, haverá um caos relacional e psíquico. Isso influenciará diretamente o ambiente escolar, dificultando vínculos e interditando a comunicação”, completa a psicóloga.

Sinpro na luta

Preocupado com a saúde e o bem-estar de professores(as) e orientadores(as) educacionais, o Sinpro, por meio da Secretaria para Assuntos de Saúde do Trabalhador, tem disponibilizado a Clínica do Trabalho nas Escolas.

O objetivo é entender a realidade da categoria e realizar atendimentos psicológicos individuais educadores(as) em sofrimento emocional no trabalho, além de palestras nas unidades escolares.

Os(as) interessados serão chamados de acordo com a ordem de inscrição nos Programas. As inscrições devem ser feitas pelo e-mail: faleconoscosaudetrabalhador@sinprodf.org.br ou pelos telefones: (61)33434211-992443839.

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MATÉRIA EM LIBRAS

Recital poético “Mormaço” celebra a voz ancestral da Amazônia na BDB

A Biblioteca Demonstrativa Maria da Conceição Moreira Salles (BDB) recebe no dia 7 de agosto, às 19h, o recital poético Mormaço, do escritor e performer Elizeu Braga. A apresentação tem entrada gratuita e integra a programação cultural da Biblioteca Demonstrativa, com realização da AVÁ Editora.

Com duração de 30 minutos, o recital propõe uma experiência poética e sensorial, marcada pela performance, mitologia cabocla e pela força simbólica do rio Madeira, no qual o artista encontra inspiração. A proposta do espetáculo é conduzir o público por um “banzeiro no tempo”, como define o autor, em referência aos movimentos intensos das águas amazônicas que também atravessam sua trajetória e obra.

Natural de Tacuã, comunidade ribeirinha localizada no distrito de Porto Velho (RO), Elizeu Braga é reconhecido como uma das vozes mais potentes da literatura contemporânea brasileira. Sua atuação como poeta-performer o posiciona entre os principais nomes da cena poética atual, destacando-se pelo olhar aguçado e pelo trânsito entre diferentes realidades culturais, sociais e geográficas.

Segundo Elizeu Braga, Mormaço é um convite ao mergulho na oralidade ancestral, na poesia como corpo vivo e na multiplicidade de vozes que emergem da Amazônia profunda. “Mormaço é mais que um recital — é um rito de retorno. Trago comigo a voz do rio, da mata, dos antigos. É a palavra como corpo e memória, banzeiro que atravessa o tempo para lembrar que a poesia também nasce das margens”, declara.

Além da apresentação, o público poderá conhecer o catálogo da AVÁ Editora, que estará presente no evento com obras de seu selo, incluindo publicações de Elizeu Braga, como Cantigas (2015), Mormaço (2017) e Cidades são rios que correm ao contrário (2024). Ao final do recital, o autor participará de uma sessão de autógrafos com o público.

Serviço:

Recital Poético Mormaço, com Elizeu Braga

Data: 07 de agosto (quinta-feira)

Horário: 19h

Local: Biblioteca Demonstrativa – 506/507, W3 Sul, Brasília-DF

Entrada gratuita

Professor Simão de Miranda lança dois novos livros infantis no Paradeiro, sábado (9/8)

No sábado, (9/8), o professor e escritor brasiliense Simão de Miranda lançará mais dois novos livros infantis: Um dia normal na fazenda do Vô Juvenal, publicado pela Editora Amelie, e Somos todos África, publicado pela Editora Wak.

O evento de lançamento será realizado no Paradeiro – Livraria, Café e Cozinha Afetiva, CLN 309, às 16h.

Em Um dia normal na fazenda do Vô Juvenal, tem confusão, rima e risada garantida para toda a família. Já a obra Somos todos África buscar emocionar e conectar o público com as raízes ancestrais.

“Será uma tarde linda, cheia de histórias, encontros, afeto e café com cuscuz!
Leve as crianças, os amigos, o coração aberto e venha celebrar comigo.
Porque a literatura pode fazer rir, pode fazer pensar e pode fazer lembrar de onde viemos”, disse o professor.

Simão de Miranda é professor na SEDF, pós-doutor em Educação, doutor em Psicologia e tem diversas obras selecionadas por governos municipais, estaduais e pelo PNLD Literário. Formou-se em Artes e dedicou grande parte de sua vida ao Magistério, influenciando gerações de estudantes com seu amor pela literatura e seu entusiasmo pelo ensino.

Serviço:
– O que:
Lançamento dos livros “Um dia normal na fazenda do Vô Juvenal” e “Somos todos África”
– Quando: Dia 9 de agosto, sábado, às 16 horas.
– Onde: Paradeiro – Livraria, café e cozinha afetiva
CLN 309 Bloco D, Loja 60, Asa Norte – Brasília/DF

Referência Galeria de Arte lança o curso “O diálogo entre palavra e imagem na arte”, com Léo Tavares

Em agosto, a Referência Galeria de Arte realiza o curso “O diálogo entre palavra e imagem na arte”, com o artista visual e escritor Léo Tavares. Com oito horas/aula em quatro encontros presenciais, o curso abordará as relações entre a literatura e as artes visuais. As aulas começam no dia 13 de agosto e seguem até 3 de setembro, às quartas-feiras, das 19h às 21h. As inscrições já estão abertas e devem ser feitas pelo formulário online https://forms.gle/5F48EtEAb3HkvgJj7, também disponível no Instagram @‌referenciagaleria e no site www.referenciagaleria.com.br.

O valor por aluno é de R$ 450. Serão disponibilizadas duas bolsas integrais para pessoas autodeclaradas negras, indígenas, ou LGBTQIAP+ mediante carta de intenção no formulário de inscrição. Podem se inscrever no curso pessoas acima de 16 anos, com requisito mínimo de conclusão do ensino médio. Ao final do curso será emitido um certificado aos participantes.

No ano em que completa 30 anos, a Referência dá continuidade ao trabalho de formação de público com a realização de cursos com especialistas nas mais diversas áreas do conhecimento que se relacionam com as artes visuais. “A oferta de cursos apresenta uma nova perspectiva para a galeria e para as pessoas interessadas em iniciar-se no universo das artes visuais ou ampliar seu repertório acerca da produção contemporânea”, afirma Samantha Canovas, coordenadora de projetos especiais da Referência Galeria de Arte.

 

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Sobre o curso

“O diálogo entre palavra e imagem na arte” apresentará um panorama histórico do diálogo entre palavra e imagem, permeando os cruzamentos entre as artes visuais e a literatura. Ao longo do curso, serão abordados o papel da imagem nos sistemas de escrita, as composições híbridas da Antiguidade, do período medieval e da era moderna, e por fim, serão discutidos os principais trabalhos verbovisuais das Vanguardas Históricas, bem como a questão do verbal na arte conceitual dos anos 1960 e 1970, com a fundamentação da linguagem escrita como marca da arte contemporânea. As aulas serão ancoradas em apresentações de imagens e fragmentos de textos relevantes para os estudos das relações entre palavra e imagem, e contarão com recomendações de leitura.

 

Sobre o professor

Léo Tavares nasceu em São Gabriel, no Rio Grande do Sul, vive e trabalha no Distrito Federal. É Doutor em Artes Visuais pela Universidade de Brasília. Pesquisa a relação entre a palavra e a imagem. Participou de mostras coletivas no Brasil, em Portugal e na Espanha, e realizou as exposições individuais. Não só com as imagens (Aliança Francesa, Brasília, 2018), Jogo de Evocação (Espaço Sala de Estar, Cidade do Porto, 2017) Narrativas Fronteiriças (Galeria de Bolso da Casa da Cultura da América Latina, Brasília, 2016) e Romance (Referência Galeria de Arte, 2024). É autor dos livros de contos O Congresso da Melancolia (Urutau, 2021), Ruibarbo do deserto (Patuá, 2019) e Os Doentes em Torno da Caixa de Mesmer (Modelo de Nuvem, 2014), prêmio Contista Estreante, pela FestiPoa Literária, de Porto Alegre. Está se preparando para lançar seu primeiro romance.

 

Sobre a coordenadora

De Brasília – DF (1990), Samantha Canovas é artista plástica, têxtil, arte-educadora e escritora. Iniciou sua trajetória artística pesquisando os limites da materialidade da pintura, e atualmente investiga o têxtil enquanto campo escultórico e os vestíveis, visando a diluição da fronteira arte/artesanato. Mestra em Poéticas Visuais pela ECA/USP e bacharela em Artes Plásticas pela UnB, participa de exposições coletivas desde 2010. Participou das residências artísticas NES, na Islândia e na SVA, em NY. Em 2016 realizou sua primeira exposição solo “Lembrar que a água circula por debaixo das ondas”, em Brasília. Artista vencedora do Prêmio PIPA Online 2022. Em março de 2024, apresentou na SP-Arte a performance “Enquanto caminha carrega a pedra 2″, em que atravessou o pavilhão da Bienal de São Paulo arrastando duas pedras de por volta de 20 kg cada, na cauda de um vestido de linho branco, construído pela artista.

 

Referência 30 anos

No dia 25 de novembro de 1995, Onice Moraes e José Rosildete de Oliveira inauguraram a Referência Galeria de Arte. Em sua primeira mostra, a galeria abriu ao público com uma exposição icônica que trouxe para Brasília uma exposição inédita de Amilcar de Castro. A essa, seguiram-se várias exposições importantes como individuais de Athos Bulcão, Carlos Vergara, Claudio Tozzi, e de jovens artistas que hoje são destaque na cena das artes. Em 2004, junta-se à sociedade Paulo Moraes de Oliveira, filho do casal, que passa a administrar e tomar parte nas decisões estratégicas da empresa.  Com 30 anos de atuação no mercado de arte, a Referência traz para o ambiente da galeria e para espaços institucionais artistas com trajetórias consolidadas, em meio de carreira e iniciantes, em especial de Brasília e do Centro-Oeste.

A galerista Onice Moraes ressalta a importância de apresentar e dar visibilidade aos artistas visuais e curadores da região central do Brasil e de outras regiões fora dos eixos hegemônicos do sistema da arte brasileiro como forma de oferecer ao artista a oportunidade de ter seus trabalhos adquiridos pelo público e pelas instituições.

“As coleções de arte, sejam de colecionadores iniciados ou de iniciantes, precisam incluir os artistas de sua região e de seu tempo. Arte é investimento, é decoração e, acima de tudo, é um registro da história e da reflexão sobre um momento específico dessa construção histórica”, diz Onice Moraes. “Um dos papéis do galerista é orientar a mirada dos colecionadores para esses artistas que produzem em sua vizinhança. Todos podem se beneficiar com a inclusão de artistas da região nas coleções privadas: as coleções ganham importância, ficam mais representativas e diversas”, afirma a galerista.

 

 Serviço:

Curso de História da Arte – “O diálogo entre palavra e imagem na arte”

Professor, escritor e artista visual – Léo Tavares

Quando – 13/08, 20/08, 27/08 a 03/09

Horário – Das 19h às 21h

Valor – R$ 450,00

Público – 16 anos +

Formação mínima ensino médio

Inscrições – A partir de 20/07

Formulário – https://forms.gle/5F48EtEAb3HkvgJj7

Também disponível no site e no Instagram da Referência

Bolsas integrais para pessoas autodeclaradas negras autodeclaradas negras, indígenas, ou LGBTQIAP+ mediante carta de intenção no formulário de inscrição

Endereço – CLN 202 Bloco B Loja 11 Subsolo

Telefone – +55 (61) 3963-3501

WhatsApp – +55 (61) 98162-3111

E-mail – referenciagaleria@gmail.com

Facebook – @‌referenciagaleria

Instagram – @‌referenciagaleria

Site – www.referenciagaleria.com.br

Sinpro repudia expulsão de professora de Conferência do SUS por uso de linguagem neutra

Na última quarta-feira (30/7), o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), expulsou a professora da Universidade Federal do Mato Grosso Maria Inês Barbosa de um evento público, após ela usar pronomes neutros em seu discurso.  O Sinpro se solidariza com a docente e reforça a necessidade de pôr fim a todas as práticas de autoritarismo e intolerância às pautas de inclusão e diversidade.

Maria Inês, que também é doutora em Saúde, participava da 15ª Conferência de Saúde de Cuiabá como palestrante do painel “Consolidar o SUS: Com a Força do Povo, Participação Social e Políticas Públicas” e explicou que costuma iniciar suas falas em eventos com uma saudação inclusiva.

A atitude do prefeito, além de autoritária, vai em sentido contrário ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que já derrubou leis que proibiam o uso da linguagem neutra. Uma das normas derrubadas foi a do Estado de Santa Catarina, que vetava o uso de linguagem sem designação de gênero masculino ou feminino em escolas e órgãos públicos estaduais.

“O SUS é de todas as pessoas, sim! É branco, preto, quilombola, indígena, povo de terreiro, cristão; é para homens e mulheres. O SUS existe para acolher a pluralidade. É de todas, todes e todos. A linguagem é viva. Todo o apoio à professora Maria Inês. Não nos calarão”, diretor do Sinpro João Macedo, coordenador da Secretaria de Assuntos de Raça e Sexualidade.

Inscrições para afastamento remunerado para estudos vão até 8/8

Estão abertas as inscrições para a primeira etapa do processo seletivo para afastamento remunerado para estudos, referente ao segundo semestre de 2025. Os(as) interessados(as) podem se inscrever até 8 de agosto por meio do SEI. O resultado será divulgado no dia 29 de agosto.

Inscreva-se aqui

Neste semestre, o processo seletivo será realizado em duas fases independentes. As vagas da segunda etapa serão aquelas remanescentes da primeira. As inscrições para esse ciclo estarão abertas de 8 a 26 de setembro, e o resultado será divulgado em 17 de outubro.

Os(as) servidores(as) que tiverem o pedido indeferido na primeira etapa poderão participar da segunda, desde que haja vaga disponível e realizem nova inscrição.

São disponibilizadas 124 vagas para a Carreira Magistério Público, sendo 87 vagas para mestrado e 37 para doutorado. A seleção é organizada pela Eape.

>> Clique aqui e veja o tutorial da Eape para inscrição.

Uma luta do Sinpro

O afastamento remunerado para estudos é uma conquista histórica do Sinpro, garantida na última reformulação do Plano de Carreira (Lei 5.105/13). Esse direito só foi possível graças à organização, mobilização e luta da categoria, que entende a importância da valorização profissional para a melhoria da qualidade do ensino público.

Atualmente, o Sinpro luta pela reestruturação da carreira, que, dentre suas etapas, há a reivindicação do aumento do percentual de liberação de servidores para afastamento remunerado de 1% para 2%, reforçando o compromisso com a valorização e o reconhecimento da carreira do magistério.

Além disso, como parte da reestruturação da carreira do Magistério, a luta da categoria garantiu que os valores de especialização, doutorado e mestrado dobrem a partir de janeiro de 2026. O envio do PL pelo Executivo local à CLDF acontecerá em novembro, já chancelado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

Educação em destaque | Coordenador do MCP fala sobre papel transformador da educação

Nesta sexta-feira (1º/8) vai ao ar o episódio #126 do podcast Educação em Destaque, com uma entrevista com o coordenador nacional do Movimento Camponês Popular (MCP), Lidenilson Silva.

No bate-papo, o dirigente fala sobre a importância da educação como instrumento de transformação social, por meio do qual camponeses alcançam melhores condições de vida, além de outros temas.

Apresentado por Francisco Domingues, Educação em Destaque é um programa semanal, que vai ao ar sempre às sextas-feiras, às 12h, e é produzido por Destaque 61 – Assessoria e Consultoria em Educação e Comunicação.

O programa é apoiado por: Sindicato dos Professores do Distrito Federal – SINPRO -DF; Clínica Saberes Neuropsico; Sindicato Nacional dos Técnicos de Nível Superior da IFES – ATENS-SN; Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE; Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e Ensino Básico, Técnico e Tecnológico – PROIFES Federação; Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino no Distrito Federal – SINPROEP-DF; Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – CONTEE.

 

5ª edição do Projeto Vivências Tecno-criativas abre inscrições para estudantes do Gama

Estudantes da rede pública de ensino do Gama interessados em tecnologias, criação artística e outras manifestações culturais podem se inscrever na 5ª edição do Projeto Vivências Tecno-criativas.

Produzido pelo professor da SEEDF Adriano Reis e coordenado pelo artista Artur Cabral, o curso visa fortalecer o papel dos jovens como agentes de transformação social e estimular a criatividade, o empreendedorismo e o pensamento inovador.

As inscrições estão abertas até o dia 6 de agosto, e o resultado será divulgado no dia 8 do mesmo mês.  As aulas ocorrerão em encontros semanais.

 

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Projeto Vivências Tecno-criativas

 O projeto Vivências Tecno-criativas é voltado para estudantes de escolas públicas do Gama, preferencialmente jovens em situação de vulnerabilidade social. O objetivo é que o curso seja uma residência criativa, por meio de experiências práticas em arte, comunicação e tecnologia.

No decorrer da oficina, são realizados processos formativos com oficinas, mentorias e consultorias, buscando desenvolver habilidades técnicas e proporcionar uma imersão criativa com pensamento crítico em relação ao espaço público.

Ao final do curso, os estudantes deverão produzir uma intervenção urbana criativa pública na região do Gama, que será apresentada ao público em data a ser definida.

O projeto é uma realização conjunta do Ponto Cultura Box123, Rotary Club do Gama, do Rotaract Club do Gama, da Casa da Amizade do Gama e da Associação dos Feirantes do Shopping Popular, com o apoio da Regional de Ensino do Gama.

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