Educação sem democracia não é Educação
A democracia é um dos princípios mais importantes para a sociedade de hoje. É por meio dela que podemos participar da vida pública e buscar equidade, que temos voz para manifestar as nossas preferências e que somos ouvidos por isso. Após duas décadas de estado ditatorial, a Constituição de 1988 trouxe esse fundamento para todas as esferas da vida do País, e com a Educação não foi diferente. No Art. 206, inciso VI o texto explicita a necessidade de uma gestão democrática no ensino brasileiro, reiterado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996.
A meta 19 do Plano Nacional de Educação (PNE) também determina a efetivação da gestão democrática e estabelece estratégias para isso, como o fortalecimento das entidades representativas e a formação dos conselheiros dos conselhos de acompanhamento e controle social – como os regionais e o do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Existem dois tipos de organizações representativas que visam promover a gestão democrática na Educação. O primeiro deles é composto por organizações localizadas em cada escola, com o objetivo de reunir a comunidade escolar – professores, alunos, funcionários, pais, gestores e coordenadores – em torno da tomada de decisões. São elas: o conselho escolar, as associações de pais e mestres (APMs) e os grêmios estudantis.
Já o segundo comporta os grupos de representação que orientam, fiscalizam e deliberam as políticas públicas educacionais dentro de um município, como o Conselho do Fundeb, o Conselho de Alimentação Escolar e o Conselho Municipal de Educação.
De acordo com a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) do IBGE, em 2014, cerca de 87,5% das cidades brasileiras tinham um Conselho de Educação, 97,5% possuíam um Conselho de Alimentação Escolar e 98,5%, um Conselho do Fundeb.
De construção coletiva, a gestão democrática se alimenta da interação popular e da transparência. Desse modo, ela deve ser vista como central para todos os gestores. E à população, cabe participar dessas instâncias com o objetivo de fortalecê-las.
Para saber se a sua cidade tem algumas dessas instâncias de participação, acesse o site do Observatório do PNE.
*Por Todos pela Educação
(d’O Estado de S. Paulo)

Podem se matricular no EJA aqueles que interromperam os estudos ou não tiveram acesso na idade própria. Para cursar as etapas que correspondem ao ensino fundamental, é preciso ter mais de 15 anos. Para as do ensino médio, é exigido que o aluno tenha mais de 18 anos.