Fundaj oferece cursos de curta duração; inscrições até 17 de agosto

Professores(as) e orientadores podem se inscrever nos Cursos de Curta Duração da Escola de Governo e Políticas Públicas. A qualificação é oferecida pela Fundação Joaquim Nabuco, vinculada ao Ministério da Educação, e oferece formações diversas com certificação. As inscrições vão até 17 de agosto.

Inscreva-se aqui. 

Os cursos — que têm como público-alvo servidores públicos, estudantes e sociedade civil em geral — abordam temáticas distintas e atuais, relacionadas aos desafios contemporâneos da educação, gestão pública, cultura e de outras áreas estratégicas.

As aulas serão realizadas nos formatos presencial e/ou a distância (EaD), com turmas nos três turnos (manhã, tarde e noite). No total, são oferecidas 540 vagas.

Clique aqui para ler o edital e saiba mais.

Inscrições abertas para o 3º Festival de Curtas do Sinpro – Adélia Sampaio

Começam nesta sexta-feira (15/8) as inscrições para o 3º Festival de Curtas do Sinpro Adélia Sampaio. Com o Tema “Cuidar da Educação é construir o futuro”, o festival busca, mais uma vez, usar a arte para estimular o debate e a reflexão a partir de um tema tão caro à sociedade.

Faça sua inscrição

Regulamento

Nesta edição, o Festival de Curtas do Sinpro, direcionado a estudantes da rede pública de ensino do DF, propõe aos participantes o fortalecimento da ideia de escola como um ambiente de paz e conhecimento, além de denunciar movimentos e ações que impõem o desmonte e a precarização das escolas. O objetivo é estimular a reflexão sobre os possíveis caminhos para prevenir e combater qualquer forma de fragilização do ambiente escolar.

“Cuidar da educação é um ato de coragem política, um compromisso com o futuro de um país. É entender que a sala de aula é o lugar onde se formam cidadãos e cidadãs, onde se combatem as desigualdades, onde se constroem sonhos e se transformam realidades. Cuidar da educação é garantir que ninguém fique para trás. É valorizar os professores e orientadores educacionais – e todos os profissionais da educação, é garantir salários dignos, oferecer formação continuada e respeitar quem atua para a formação do pensamento crítico. É investir em merenda de qualidade, em infraestrutura decente, em tecnologia acessível e em políticas públicas que incluam todos e todas. Cuidar da educação é tudo isso e muito mais. É essa reflexão que queremos fazer nesta edição do festival de curtas”, afirma o coordenador da secretaria de políticas sociais do Sinpro, Fernando Augusto.

Já o coordenador da secretaria de assuntos culturais do Sinpro, Levi Porto, lembra que o caminho inverso desse cuidado com a educação é “um verdadeiro projeto dos governos neoliberais”. “O neoliberalismo prioriza a mercantilização de todos os aspectos da vida social, incluindo a educação, sob a ótica de privilegiar o lucro em detrimento dos direitos sociais. Não investir no espaço das escolas, em seus profissionais, é sucatear a educação pública e, consequentemente, fortalecer um sistema socioeconômico de desigualdades, com capacidade de reflexão crítica enfraquecida”, aponta. Segundo ele, “é preciso fazer esse tipo de debate nas escolas, e o Festival de curtas é uma das ferramentas para esse debate.”

As inscrições para o 3º Festival de Curtas do Sinpro Adélia Sampaio – “Cuidar da Educação é construir o futuro” vão até 30 de setembro. A seleção e votação das produções serão no mês de outubro, e a premiação será em novembro.

A premiação

Nesta edição, haverá prêmios para a escola, estudantes e professores(as) responsáveis pela coordenação do trabalho. Em cada produção premiada, nas seis categorias, os estudantes envolvidos na produção vencedora receberão de R$ 2 mil, a ser dividido entre o grupo; o(a) professor(a) ou orientador(a) educacional que inscreveu e coordenou os trabalhos da produção premiada receberá prêmio de R$ 1.200; e a escola receberá um troféu. O vencedor do Júri Popular leva o prêmio de R$ 4 mil.

 

O Festival

O 3º Festival de Curtas do Sinpro é aberto a todos(as) os(as) estudantes do ensino regular da rede pública do Distrito Federal. Podem competir vídeos de 1 a 5 minutos de duração, produzidos individualmente ou por um grupo de estudantes. A inscrição deverá ser feita por um(a) professor(a) ou orientador(a) educacional que atue na mesma escola em que os(as) estudantes estão matriculados(as), e que deverá cuidar da coordenação dos trabalhos.

Os vídeos inscritos deverão ser disponibilizados em link de Youtube ou Google Drive. As produções selecionadas para a segunda etapa deverão ser entregues pessoalmente, junto com os termos de autorização de imagem e de voz dos participantes.

Nesta edição, com a inclusão do Ensino Especial, o Festival ganhou mais uma categoria de premiação. São ao todo seis categorias:

>> Educação infantil

>> Ensino fundamental

>> Ensino Médio

>> EJA

>> Ensino Especial

>> Educação do Sistema Socioeducativo ou do Sistema Prisional.

Cada uma das categorias terá 3 produções selecionadas para a segunda etapa.

A comissão julgadora deste ano será composta por 5 jurados, entre cineastas, críticos(as) de cinema, curadores(as), pesquisadores(as), professores(as), orientadores(as) educacionais, estudantes e artistas. As 18 produções selecionadas também serão submetidas a um júri popular.

Edição Vanessa Galassi

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Professora publica capítulo em e-book da UnB sobre inclusão de crianças com deficiência nas escolas

A professora Ivone Garcia Marins, da rede pública de ensino do Distrito Federal, teve um artigo publicado no e-bookArtes Cênicas e Acessibilidade Cultural”. Lançada na quarta-feira (13/8), a obra foi organizada pelos professores Emerson de Paula e José Flávio Gonçalves da Fonseca, da Universidade de Brasília (UnB). Com o título “O letramento acerca do acolhimento das crianças com deficiência nas escolas da infância e Anos Iniciais do Ensino Fundamental: entre relatos de uma professora e dizeres das narrativas das crianças”, o texto da professora Ivone aborda a importância do acolhimento de crianças com deficiência nas escolas.

O e-book está disponível, gratuitamente, para leitura online e pode ser acessado por meio deste link: https://www.emanuscrito.com.br/livro94.html,  além de estar disponível também no QR Code a seguir:

A obra reúne sete capítulos produzidos por estudantes da disciplina condensada “Tópicos Especiais em Cultura e Saberes em Artes Cênicas 2”, oferecida no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UnB (PPGCen). A disciplina tratou da temática da acessibilidade cultural nas artes cênicas. Vale destacar, ainda, que a publicação é uma produção do Grupo de Pesquisa Núcleo de Estudos em Espaços Culturais, Inclusivos e Deliberativos (NECID), vinculado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

Quem é a professora Ivone

Ivone Garcia Marins é professora da Educação Básica da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) com atuação no Plano Piloto. Com formação em Pedagogia, atualmente, cursa o mestrado em Artes Cênicas e está em afastamento remunerado para estudo pela EAPE. É mestranda em Artes Cênicas pelo PPGCEN/UnB e desenvolve pesquisa sobre o acolhimento e a integração de crianças imigrantes e refugiadas nas escolas da rede pública do DF.

A docente também integra o grupo de pesquisa Imagens e(m) Cena (CNPq/UnB) e participa da Rede de Pesquisa Infâncias Protagonistas, coordenada pela professora Luciana Hartmann. Suas áreas de atuação envolvem temas como migração, educação, arte e infância.

Segundo Ivone, o capítulo publicado é resultado da disciplina cursada durante o mestrado na UnB, com foco em Cultura e Saberes em Artes Cênicas. A experiência possibilitou aprofundar a reflexão sobre inclusão e acessibilidade nas escolas, especialmente no contexto da infância e dos anos iniciais do Ensino Fundamental.

É hoje! | Sinpro realiza Conferência Livre para discutir Políticas para as Mulheres dia 15

Nesta sexta-feira (15/8), o Sinpro será uma das várias entidades a organizar Conferência Livre para a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM). A atividade é aberta a todas as mulheres da categoria, e acontece no auditório Paulo Freire (sede do Sinpro) a partir das 19h. A palestrante convidada é a professora Olgamir Amancia, do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher.

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Nesta edição, a CNPM tem como tema “Mais democracia, mais igualdade e mais conquistas para todas”. O objetivo da Conferência é refletir e apresentar propostas para o fortalecimento e a ampliação de políticas públicas para as mulheres, com a perspectiva da interseccionalidade, para promover a democracia e a igualdade, garantindo voz e representatividade às mulheres em toda a sua diversidade.

Cada Conferência Livre pode eleger até 3 representantes (1 representante a cada 50 inscrições) para a Conferência Nacional, que acontece de 29 de setembro a 1º de outubro.

“A iniciativa do Sinpro de realizar a Conferência Livre é de extrema importância, porque a educação tem muito a contribuir no processo de construção da sociedade e da democracia. A educação traz uma nova perspectiva, um novo olhar sobre a política para as mulheres, e é uma das mais poderosas formas de aplicação dessas políticas”, aponta a coordenadora da Secretaria de Mulheres Educadoras do Sinpro, Berenice Darc.

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Pré-inscrições para módulo intermediário do curso Libras vão até este domingo (17)

A partir desta segunda-feira (11/8), professores(as) e orientadores(as) educacionais sindicalizados(os) poderão fazer a pré-inscrição no curso Língua Brasileira de Sinais – Nível Intermediário. A qualificação é gratuita e faz parte do III Curso de Formação Continuada do Sinpro. As inscrições vão até 17 de agosto.

Clique aqui e inscreva-se.

O curso oferece 60 vagas, que serão preenchidas por ordem de inscrição, segundo critérios de gênero, raça, diversidade e PCD, informados no ato da pré-inscrição. O resultado dos(as) selecionados(as) será divulgado dia 19 de agosto.

A capacitação tem carga horária de 120 horas e é destinada a profissionais efetivos(as) ou em regime de contrato temporário, da ativa ou aposentadas(os). Para participar da formação de nível intermediário, é necessário comprovar com certificado a conclusão do nível básico.

Quem se inscreveu em outras edições do Curso de Formação Continuada e não concluiu a qualificação ficará impossibilitado(a) de se inscrever em qualquer outra formação continuada do Sinpro durante o ano de 2025.

Sobre as aulas

As aulas serão ministradas pela professora Olga Cristina de Freitas, de agosto a novembro de 2025, em formato virtual, via plataforma Moodle, com encontros síncronos e presenciais, sempre às quartas-feiras, às 19h.

Com material teórico para estudos e atividades avaliativas e ferramenta digital de tradução Libras/Português/Libras, o curso abrangerá temas relacionados aos aspectos históricos e socioantropológicos da Libras e da cultura surda. A formação também abordará a importância da acessibilidade linguística, os aspectos linguísticos, gramaticais e sintáticos da Libras, o vocabulário básico e sua utilização no contexto escolar, além de noções de tradução e interpretação.

A aula inaugural será realizada dia 20 de agosto, em formato presencial. A ausência implicará em desclassificação automática e impedirá a participação nos cursos de formação continuada do Sinpro pelo período de um ano.

“Chegamos ao segundo semestre com mais uma edição do Curso de Formação Continuada do Sinpro, reforçando o compromisso do sindicato com o aprimoramento profissional e a valorização da carreira do Magistério Público do DF”, diz a diretora do Sinpro Ana Bonina.

Ela lembra que o curso de Libras tem como objetivo “oferecer a professoras, professores, orientadoras e orientadores educacionais o ensino da língua natural da comunidade surda e possibilitar o desenvolvimento de habilidades comunicativas essenciais”. A iniciativa atende a princípios da educação inclusiva, conforme estabelecido na Lei nº 10.346/2002 e seu decreto regulamentar nº 5.626/2006, e na Lei nº 13.146/2015, entre outros marcos normativos.

O curso de Língua Brasileira de Sinais – Nível Intermediário e os demais cursos de Formação Continuada ofertados pelo Sinpro serão considerados como Curso de Aperfeiçoamento junto à Secretaria de Educação (SEEDF). Dessa forma, poderão ser usados para a distribuição de carga horária e progressão vertical na carreira Magistério.

 

Matéria publicada originalmente dia 11 de agosto de 2025

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Estudante da Sala de Altas Habilidades de Santa Maria lança livro no 3º Fliparacatu

A estudante Malu C. Santana, da Sala de Altas Habilidades em Linguagens de Santa Maria, lançará o livro “Florescendo em palavras” no 3º Fliparacatu – Festival Literário Internacional de Paracatu. A apresentação da obra será no sábado (30/8), às 17h, no Centro Histórico de Paracatu (MG). A publicação é uma coletânea de textos produzidos por Malu entre os 10 e os 14 anos de idade, e reúne poemas, contos, minicontos e textos dissertativos.

O festival, que ocorre de 27 a 31 de agosto, contará com uma programação intensa e diversa, incluindo oficinas, mesas de debates, exposições e lançamentos de livros. A jovem escritora, com apenas 15 anos, levará ao público a sensibilidade de seus escritos produzidos ao longo de sua formação como estudante com Altas Habilidades/Superdotação.

Malu é estudante do 2º Ano do Ensino Médio no Centro de Ensino Médio Integrado (CEMI do Gama). Ela também cursa francês no Centro Interescolar de Línguas do Gama (CILG), local em que já concluiu o curso de inglês.

O professor Rodrigo Silva de Santana, que atua como tutor no Polo de Altas Habilidades/Superdotação em Linguagens, no CAIC de Santa Maria, é responsável por conduzir projetos de estímulo à produção literária. Suas ações buscam preparar os(as) estudantes tanto para avaliações externas quanto para a vida adulta por meio da valorização da escrita como forma de expressão e construção de identidade.

3º Fliparacatu

De 27 e 31 a agosto, o Centro Histórico de Paracatu será palco da terceira edição do Festival Literário Internacional (Fliparacatu), com entrada gratuita e programação diversificada. O tema desta edição, “Literatura, encruzilhada e a desumanização”, propõe uma reflexão profunda sobre os desafios éticos e sociais contemporâneos.

Com curadoria de nomes como Bianca Santana e Jeferson Tenório, o evento reúne mais de 60 autores(as), dentre eles(as) Ana Maria Gonçalves e Valter Hugo Mãe, homenageados desta edição. Toda a programação contará com tradução em Libras e transmissão online pelo canal oficial do festival no YouTube.

Além de lançamentos literários e mesas de debate, o 3º Fliparacatu incluirá oficinas, exposições, apresentações musicais, a tradicional Maratona de Leitura, o projeto “Pão e Poesia” e o espaço “Fliparacatu da Gente”, dedicado à economia criativa local. A edição também marca a estreia do podcast “Flicast”, com Gustavo Ziller, e conta com atividades voltadas ao público infantojuvenil. O festival reafirma seu compromisso com a diversidade, o pensamento crítico e o fortalecimento da literatura como ferramenta de transformação social.

Aprovados que aguardam nomeação devem ficar atentos a documentação para posse

Atuação do Sinpro garantiu em Mesa Ampliada de Negociação que o GDF confirmasse pelo menos 3 mil nomeações para a carreira magistério público até dezembro deste ano. Aprovados(as) no último concurso devem ficar atentos(as) às regras e alterações recentes que são pré-requisitos para assumir o cargo de professor(a).

Professores(as) em regime de contratação temporária também serão submetidos às adequações e implementações. A publicação de novo edital para seleção de CT’s está prevista para este mês de agosto.

Formação

Um dos destaques das legislações mais recentes é quanto aos requisitos específicos de formação que devem ser cumpridos por aprovados(as) que se candidataram para atuar como professor(a) de Atividades.

Para assumir o cargo, é necessário que o diploma de pedagogo licenciado emitido antes de 2006 traga expressamente a “habilitação em Magistério para séries iniciais e/ou para educação infantil”. Para os diplomas de de licenciatura em Pedagogia emitidos após 2006, não é necessário ter a informação. Este marco temporal está estabelecido na Resolução CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2006. (O trecho em negrito foi atualizado em 15/08/25)

Caso o diploma emitido antes de 2006 não contenha a informação exigida, é necessário solicitar a inclusão das especificações à instituição superior de ensino que emitiu o documento. Em última instância, pode-se requerer declaração que comprove a habilitação em magistério para séries iniciais e/ou educação infantil. O Ministério da Educação tem todos os dados de instituições de ensino superior que não estão mais ativas.

Complementação pedagógica
Para atuar como professor(a) de Atividades, o diploma de pedagogo não pode ter sido obtido por cursos de formação pedagógica (antigo PEL) –complementação pedagógica ou qualquer outra nomenclatura. Segundo resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE/CP nº 4, de 29 de maio de 2024 – artigo 15º §1º), esses cursos são destinados à formação de professores(as) que atuarão “nas disciplinas que integram os quatro anos finais do Ensino Fundamental, o Ensino Médio e a Educação Profissional em nível médio”.

Com isso, se o(a) aprovado(a) tem licenciatura em Língua Portuguesa, por exemplo, e fez curso de formação pedagógica em Pedagogia, ele/ela não poderá lecionar como professor de Atividades. Para atuar neste componente curricular é necessário que ele/ela tenha licenciatura em Pedagogia. Uma opção àqueles(as) que não tiverem feito o curso completo de Pedagogia é a utilização de aproveitamento de crédito para conclusão da formação superior na área.

De forma geral, é importante que o aprovado(a), independente da área de atuação, observe o anexo II da Portaria nº 40 da SEEDF, onde estão todos os requisitos específicos por área de formação do cargo de professor(a) de educação básica.

Nesse espaço da portaria, é possível conferir, por exemplo, que pessoas com licenciatura em Língua Portuguesa (ou qualquer outra área) e curso de formação pedagógica em Matemática não poderão ser professores(as) de Matemática.

Também não poderá ser professor(a) de Matemática quem é bacharel em Contabilidade/Administração/Economia, por exemplo, com curso de formação pedagógica em Matemática.

História e Geografia
Por solicitação do Sinpro, aprovados(as) que tenham diploma em Estudos Sociais poderão lecionar nas áreas de História e Geografia. A determinação também está na portaria da Secretaria de Educação do DF nº 40, de 6 de agosto de 2025 (clique aqui e veja a portaria). Esse era um entrave para a posse de efetivos e, também, para a contratação de professores(as) em regime de contratação temporária.

 

Escola Meninos e Meninas do Parque: 30 anos da “escola que fala” e resiste

Foi dia de celebração, mas também de cobranças e encaminhamentos. Os 30 anos da Escola Meninos e Meninas do Parque, comemorados em Sessão Solene no Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) na manhã dessa quarta-feira (13/8), levou ao Plenário da Casa Legislativa e deu voz a diversos estudantes da escola, que atende pessoas em situação de rua.

A Comissão de Educação e Cultura da CLDF vai preparar, em conjunto com a procuradoria do MPDFT, uma carta conjunta a ser encaminhada para diversas secretarias do GDF, como Casa Civil, Saúde, e Educação, com o intuito de viabilizar a interlocução política entre os diversos órgãos do Executivo em prol da população de rua, incluindo a busca ativa por estudantes EJA e transporte da população em situação de rua do centros Pop até a Escola Meninos e Meninas do Parque.

O encaminhamento surgiu após pedido da promotora Luisa de Marillac, presente à mesa da sessão solene. Ela sugeriu a carta conjunta interinstitucional para exigir alguns procedimentos importantes para a população de rua. A ideia é exigir um fluxo de encaminhamento entre a população de rua e a educação, trazendo como referência a Escola Meninos e Meninas do Parque.

A escola completou, no último dia 18 de abril, 30 anos de existência e resistência. O nome da escola vem do Movimento Nacional dos Meninos e Meninas de Rua, e batiza a escola pensada para acolher crianças e jovens em situação de rua que, naquele ano de 1995, viviam embaixo da marquise da Rodoviária do Plano Piloto. A primeira gestora, Palmira Eugênia, lutou muito para que a escola fosse instalada no Parque da Cidade – onde está até hoje e vive sofrendo com ameaças de remoção, por estar num espaço nobre de Brasília.

 

Sessão solene da CLDF em homenagem aos 30 anos da Escola Meninos e Meninas do Parque | Foto: Deva Garcia

 

A sessão solene na CLDF, convocada pelo presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputado Gabriel Magno, deu voz a diversas pessoas que estudam na instituição que é referência nacional de expertise no atendimento educacional a pessoas em situação de rua. E, com o microfone ligado, ouviu-se de tudo. De declamação de poesia a pedidos de ajuda com questões burocráticas e um “livro para eu aprender como ser técnico de futebol”.

O deputado Gabriel Magno disse aos presentes que, ao final do ano, levaria moção de louvor a cada um dos e das estudantes da escola: “Assim, vocês vão ter dois diplomas: o da escola e o da Câmara”.

Participaram da mesa, além de Gabriel Magno, a diretora do Sinpro Solange Buosi (que substituiu a diretora Regina Célia, impossibilitada de comparecer por questões de saúde); a doutora Luisa de Marillac, da 4ª Promotoria de Defesa dos interesses da Infância e Juventude do MPDFT; a diretora de Direitos Humanos da SEEDF, Patrícia Melo; a coordenadora do Movimento Nacional da População em Situação de rua, Joana Basílio (que é ex-aluna da escola); e, representando a Escola dos Meninos e Meninas do Parque, o vice-diretor da Escola, Jorge Luiz (Jorjão), a diretora Amelinha Araripe e o estudante Fernando.

A sessão começou com a estudante Raquel de Almeida declamando uma poesia para a escola. Ela tem 68 anos e contou orgulhosa que conclui este ano o ensino fundamental: “Eu parei de estudar na quinta série. Voltei aos 17, fiz o supletivo mas não continuei, e hoje estou terminando o fundamental aos 68 anos. Eu mando médico voltar pra escola pra aprender caligrafia!”

A diretora do Sinpro Regina Célia apontou à reportagem do Sinpro sobre “o direito à existência e do dever social de resistência que a escola abraçou de maneira freireana, responsável e humanizada. “Meu orgulho do trabalho dessa escola ultrapassou meu dever enquanto sindicato.”

A diretora do Sinpro Solange Buosi, presente à cerimônia, apontou que “estar com vocês aqui representando meu sindicato me orgulha profundamente, pois o Sinpro também tem o princípio humanista”.

 

Existentes e resistentes da “escola que sabe falar”

A Escola Meninos e Meninas do Parque, segundo o estudante Ênio, é uma escola “que sabe falar”. E, na sessão solene desta quarta-feira, ela falou por meio de seus e suas estudantes. Em declarações simples e carregadas de sinceridade, esteve presente o carinho e o reconhecimento pelo trabalho realizado pelos professores e professoras da escola, e o tanto que o acolhimento na escola fez a diferença em suas vidas:

“Eu estou há 3 meses na escola, e meu dia a dia tem melhorado muito por isso. Quero destacar os professores e a escola, por nos ensinarem a olharmos mais pra nós mesmos, nos mostrando nosso potencial que podemos desenvolver e também a importância de colocar o coletivo sobre o individual”, disse Ênio.

“A diretora me disse uma vez que podem tomar tudo o que for da gente: um boné, um celular, até o namorado ou namorada. Mas o que ninguém vai tirar de você é o seu estudo”, contou Rafaela.

“Eu nasci em 1958. Na minha época, meus pais diziam que escola não prestava, o que prestava era trabalhar na roça, sem máquina, só na mão. Naquela época, não tinha escola, quem ensinava pra gente era o colégio das irmã. Agradeço às professoras, porque o que eu devia ter estudado há 40 anos eu estou estudando hoje”, falou Antônio Silveira da Rosa. O deputado Gabriel Magno pontuou: “sempre é tempo de estudar, e o papel do estado é garantir esse direito!”

“Meu nome é Jean, estudo há 3 anos na escola. Vejo que muito do que acontece lá é por causa do empenho de quem trabalha na escola. E, mesmo com o pouco recurso, a gente se empenha ao máximo pra fazer que o ensino seja bom e as festas sejam bem-feitas e fiquem na memória de quem participa. Só tenho a agradecer ao colégio por abrir as portas pra mim e hoje, graças à escola, eu estou vendo minha vida de outra forma”, relatou um senhor de cabelos brancos.

Na fala da ex-aluna da escola, Joana Basílio, que hoje é coordenadora do movimento das pessoas em situação de rua, a explicação do carinho dos e das estudantes:  “A escola faz a diferença para a população de rua, porque é inclusiva de verdade, e acolha as demandas dessa população.”

A promotora Luisa Marillac demonstrou que a escola é a prova de que as políticas públicas, bem aplicadas, funcionam: “a garantia dos direitos humanos pode acontecer com continuidade e permanência. Essa escola nos mostra isso. A política pública tem a capacidade de revelar o brilho das pedras preciosas que todos somos. Nesse momento, vemos sentido nas nossas vidas e em nossas profissões. Profissionais como a Amelinha e Jorjão são os lapidadores dessas pedras, e a Escola Meninos e Meninas do Parque oferece ao Brasil inteiro o expertise para atender à população de rua.

A representante da SEEDF, Patrícia Melo, informou que a secretaria está em fase final de elaboração de uma diretriz de escolarização de pessoas em situação de rua, que acaba de ser atualizada junto com o corpo gestor da Escola Meninos e Meninas do Parque, e vai ser lançada ainda no segundo semestre.

O vice-diretor Jorge Luiz, o Jorjão, lembrou emocionado quando a escola chegou ao imóvel que ocupa hoje, no Parque da Cidade: “Era um acampamento de escoteiros abandonado, e transformamos ela no espaço que é o que vocês conhecem hoje. Agradeço ao Gabriel [Magno] por abrir esse espaço pra gente.” Em seguida, dirigiu-se aos estudantes no plenário e declarou: “Vocês são guerreiros, pois vão a pé para a escola. Quando eu chego na escola e vejo o olhar e o carinho de vocês, eu me sinto realizado.”

Em seu depoimento, a diretora Amelinha Araripe lembrou que a primeira diretora da escola, Palmira Eugênia, lhe ensinou sobre a importância do acolhimento, e também recordou de um estudante da escola, “seu Orisvaldo, que caminhava longas distâncias pra chegar à escola, com a perna ferida, e dizia: ‘minha perna dói, mas a minha cabeça tá inteira!’” Ela demonstrou a peculiaridade dos alunos da escola: “Estudante da Escola Meninos e Meninas do Parque não tem mais tempo a perder. E nós estamos lá para acompanhar os sonhos deles.”

O “nós” de Amelinha envolve todo o corpo docente da escola que, na opinião da diretora, não está lá por acaso: “Lembro de uma das professoras levando bolo e coca cola pra escola pra ensinar fração. Ou a professora que está hoje no plenário, que já tirou bicho do pé dos alunos”.

Ao Sinpro, Amelinha dedicou um carinho especial: “Quero dizer ao Sinpro que estamos juntos! Nossos alunos estiveram conosco em todas as paralisações. Demonstramos a eles que estamos também reivindicando nossos direitos, e isso é também lição de cidadania”.

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CIL 01 de Brasília – 50 anos democratizando o ensino de língua estrangeira

Há 50 anos, o sonho de democratizar o ensino de línguas estrangeiras no Distrito Federal saiu do papel com a criação do Centro Interescolar de Línguas 01 de Brasília. Desde sua criação, em 1975, o CIL se tornou referência no país.

Ao longo dessas cinco décadas, a escola formou milhares de alunos. Muitos deles transformaram o domínio de uma segunda língua em oportunidades acadêmicas e profissionais. Com uma proposta pedagógica inclusiva, o CIL 01 simboliza a democratização do conhecimento no DF, e reforça a premissa de que a educação pública pode ser transformadora.

 

Professores e professoras do CIL 01/diurno | Foto: aqruivo CIL 01

 

“Em meio século de existência, a escola tem inspirado o amor de professores e ex-professores pelo ensino de línguas estrangeiras, transformando a trajetória de milhares de estudantes. Muitos desses alunos, que no início nem imaginavam falar outro idioma, hoje ganham o mundo como profissionais, acadêmicos e cidadãos globais. Alguns retornaram ao próprio CIL como docentes exemplares, perpetuando um ciclo virtuoso de dedicação, excelência e paixão pelo conhecimento”, declara a vice-diretora do CIL 01 de Brasília, Mônica Harumi Shimizu.

A diretora do Sinpro Izabela Cintra atuou durante 25 anos como professora do CIL 01, e afirma que este é seu “maior orgulho”. “Meu maior orgulho foi atuar durante os meus 25 anos de Secretaria de Educação em uma escola que democratiza o ensino de línguas estrangeiras e cria oportunidades para alunos das escolas públicas. Esse orgulho fica ainda maior quando encontro ex-alunos que hoje são médicos, advogados, de várias outras profissões, e falam como aprender uma outra língua fez diferença em suas vidas”, conta.

 

Professores e professoras do CIL 01/noturno | Foto: arquivo CIL 01

 

Calendário de comemorações

Para comemorar os 50 anos de história e sucesso, o CIL 01 de Brasília realiza uma série de festividades.

Nesta quinta-feira (14), às 19h, será realizada uma sessão solene no próprio centro (SGAS I 907/908, Módulos 25/26 – Asa Sul). Clique aqui e veja as fotos da solenidade.

Dia 18 de agosto, as homenagens serão às 10h, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

As festividades prosseguem no dia 30 de agosto com a realização de uma grande festa, com música ao vivo e foodtrucks. Interessados(as) devem procurar o Centro de Referência do CIL 01 para reservar seu convite. O prazo vai até o dia 22 de agosto ou até que se esgotem os ingressos.

As celebrações seguem na primeira semana de setembro com o protagonismo dos(as) alunos(as) no tradicional Festival de Tortas, evento gastronômico e cultural que, neste ano, ganha um significado especial por estender as comemorações do cinquentenário.

 

Edição Vanessa Galassi

CNTE entrega pauta de valorização profissional ao relator do PNE

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A secretária de Finanças da CNTE, Rosilene Araújo, com o deputado Moses Rodrigues (União/CE

Na manhã desta quarta-feira (13) a CNTE se reuniu com o deputado Moses Rodrigues (União/CE), relator do projeto de lei que versa sobre o próximo Plano Nacional de Educação, para entregar a pauta da categoria referente à valorização dos profissionais da educação.

Em documento entregue ao parlamentar (confira aqui), a CNTE destacou a ausência de políticas específicas para os funcionários da educação, especialmente no tocante à profissionalização, ao piso e à carreira para esses trabalhadores, a necessidade de combater os contratos precarizados na educação mediante concurso público, a importância de condicionar repasses voluntários da União para os entes que cumprirem as metas e estratégias da valorização profissional, além da necessidade de se prever as condições de acesso a cursos de qualificação profissional ao longo da carreira. Também foi destacada a necessidade de excluir as despesas com pessoal da educação dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Outro ponto prioritário para a CNTE refere-se a reedição da meta de investimento equivalente a 10% do PIB na educação, ao longo da próxima década, com as devidas regulamentações do Custo Aluno Qualidade e do Sistema Nacional de Educação, políticas essas que darão sustentação ao cumprimento do plano decenal.

Para a diretora de Finanças da CNTE, Rosilene Corrêa, presente à audiência, o apagão de professores e a valorização de todos os profissionais são questões-chaves que precisam de investimentos e de políticas coordenadas em nível nacional para serem devidamente enfrentadas. Outra preocupação é o excesso de contratos temporários nas redes, média de 54% em nível nacional, e que em alguns estados supera 70%. Isso aumenta a rotatividade do trabalhador e o impede de estabelecer vínculos com a escola e de se qualificar.

Próximos passos

O relator disse que avaliará todas as contribuições apresentadas pela CNTE e que pretende apresentar seu relatório no início do mês de setembro. Após a leitura do parecer, será aberto novo prazo para emendas, devendo o projeto ser votado na Comissão até o fim do mês. Como é terminativo na Comissão, e não havendo recurso para apreciação em plenário, a matéria seguirá para deliberação no Senado a partir de outubro.

Fonte: CNTE

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