CED Agrourbano Caub 1 realiza ação contra o feminicídio e pela vida das mulheres

Uma ação potente de protesto contra o feminicídio, em defesa da vida das mulheres e contra a impunidade dos agressores foi realizada no CED Agrourbano CAUB 1. Em março de 2023, Rayane Ferreira de Jesus Lima, de 18 anos, que foi estudante da escola, foi vítima de feminicídio pelo ex-companheiro.

Uma bonita passeata e um debate com a Secretaria de Mulheres do Sinpro fizeram parte de um processo que começou com o trabalho pedagógico desenvolvido pela escola. De acordo com a diretora do CED Agrourbano, Sheila Mello, no mês de março, as turmas do CED Agrourbano trabalharam temas relacionados ao protagonismo feminino em diversas áreas e ao longo da história da humanidade. “Trouxemos para a sala de aula grandes mulheres como Cora Coralina, Cecília Meireles, Tarsila do Amaral, pra que os estudantes pesquisassem quem elas foram e o legado que deixaram”, conta Sheila.

No último sábado, dia 16, a Secretaria de Mulheres do Sinpro participou de um debate na escola, que envolveu jovens de 13 a 17 anos. As dirigentes sindicais expuseram dados sobre feminicídio no DF e dialogaram com as e os estudantes sobre os indícios de um relacionamento tóxico, o ciclo da violência, as ferramentas de proteção às mulheres e prevenção do feminicídio, como a Lei Maria da Penha – que tipifica a violência contra a mulher, caracterizando como tal a destruição de pertences, de documentos, as agressões verbais, a tortura psicológica, entre outras. “Nossa participação tinha o objetivo de contribuir com o trabalho pedagógico realizado na escola sobre o papel da mulher na sociedade, debatendo o significado do dia 8 de março para todas as mulheres”, explica a diretora da Secretaria de Mulheres do Sinpro Silvana Fernandes.

Para Regina Célia, que também é diretora da Secretaria de Mulheres do Sinpro, o evento foi enriquecedor para o sindicato: “Essa atividade nos fortifica a certeza de que é através da educação formal, dentro das nossas escolas, que vamos construir a necessária educação antimachista desde a Educação Infantil até o Ensino Médio”, diz ela. “Nossa categoria tem o domínio didático para tratar desse tema curricular em todas as modalidades existentes no Ensino Público do DF e o CED Agrourbano é exemplo disso”, completa Regina.

Depois do debate, as e os participantes saíram em marcha pelas ruas do Caub 1. Pararam em frente à casa na qual Rayane vivia, onde encontraram sua mãe e seu filho pequeno. Foi um ato emocionante em honra à memória de Rayane e contra o feminicídio, com o compromisso de chamar a atenção da comunidade para as violências que as mulheres sofrem.

Mônica Caldeira, coordenadora da Secretaria de Mulheres do Sinpro, lembra que as escolas da rede pública do DF podem contar com o sindicato para fortalecer os debates sobre o combate à violência de gênero e a necessidade de garantir a autonomia das mulheres: “O 8M nas escolas é uma proposta da Secretaria de Mulheres do Sinpro no intuito de levar para o currículo escolar essa urgente reflexão acerca da cidadania plena das mulheres, combatendo todo tipo de violência de gênero nos costumes, na tradição de uma sociedade machista”, destaca ela. “A proposta é reconhecer a escola como lugar de transformação social e a grande importância dessa qualidade referenciada da educação e equidade entre homens e mulheres”, finaliza Mônica.

Sinpro recebe lançamento de curta sobre o rombo da dívida pública

O auditório do Sinpro no SIG recebe, no dia 1º/3 às 19h, o lançamento nacional do curta-metragem O Complô. O documentário, baseado em livro homônimo do Deputado Federal Constituinte Hermes Zaneti, revela manobras políticas por trás da dívida pública brasileira.

Após a sessão, haverá um debate com os convidados sobre esse esquema que beneficia os rentistas e as instituições, enquanto retira dinheiro do orçamento em educação, saúde e políticas públicas. Hermes Zaneti, Luiz Alberto Cassol e Roseli Faria (Analista de Planejamento e Orçamento) já estão confirmados para o debate.

A discussão sobre a gestão da dívida pública é um dos temas mais interditados dentro da sociedade brasileira. Na maior parte das vezes é “naturalizada” como um problema técnico-econômico a ser gerenciado de maneira responsável. O pagamento dos juros sobre o estoque da dívida enriquece os agentes financeiros e as elites, além de colaborar com a precarização da oferta e qualidade dos serviços públicos.

No período da feitura da Constituição de 1988, o Deputado Federal Constituinte Hermes Zaneti tentou estabelecer um artigo que auditasse as origens e o crescimento da dívida pública brasileira, que ultrapassou R$ 7,1 trilhões em 2022. As propostas foram barradas na época, mas inspiraram, 35 anos depois, a criação do curta-metragem O Complô.

Essa história tem raízes nos anos 70 e 80, que passou pelos debates e envolveu tramas às claras e às escuras na Assembleia Nacional Constituinte, em momentos narrados e fartamente documentados no livro “O complô – como o sistema financeiro e seus agentes políticos sequestraram a economia brasileira” (Verbena Editora; 280p., 2017), de Hermes Zaneti.

Contar essa história e revelar essas tramas é também desmascarar a narrativa daqueles atores que tentam vender para a sociedade que os nossos direitos sociais, conforme aprovados pela Assembleia Constituinte e dispostos na Constituição Federal de 1988 não cabem no orçamento público, e, portanto, teríamos que escolher entre aceitar a precária prestação de serviços públicos de saúde, educação, previdência, assistência social, transporte, moradia e cultura como vem ocorrendo, ou pagar para ter acesso ao serviços de melhor qualidade (escolas privadas, planos de saúde e de previdência privada, etc).

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Cesas promove desfile de peças de jeans reciclado

Na próxima terça-feira (31/5), o Cesas, Escola de Jovens Adultos da Asa Sul, promove um desfile de moda com peças elaboradas a partir de jeans reciclado. A professora de educação artística Hélia Cristina Xavier, que oferece o curso de corte e costura, é a responsável pelo evento.

As peças do desfile foram todas confeccionadas pelas alunas da oficina. “O curso é aberto a qualquer membro da comunidade escolar. Recebemos aqui mães que estão esperando os filhos saírem das aulas, alunas que estão com horário vago, pessoas com depressão, estamos abertos a toda a comunidade. Essas aulas são uma terapia para muitas alunas”, conta a professora.

Hélia oferece esse curso há seis anos. Mais de 150 pessoas já passaram por sua sala de aula. A turma atual conta com 30 alunas, que assistem às aulas em ambiente híbrido (presencial ou remoto). As aulas são de segunda a quarta-feira, das 19 às 22h.

A cada ano, a professora ensina um tema diferente de costura. Desta vez, o assunto é reciclagem de calças jeans. “Desmanchamos uma calça jeans e a transformamos em bermuda, cropped, saia. Uso um método simples para a aula”. Dentre as peças produzidas pelas alunas, um cropped igual ao modelo Prada, que custa cerca de R$ 4.000 nas boutiques badaladas do DF e do mundo.

Uma das alunas mais assíduas dessa oficina é Selma Maria Machado. Ela chegou à sala de aula de Hélia em depressão profunda, há seis anos, e não saiu mais. “Fui muito bem recebida, e encontrei um motivo a mais para seguir em frente, dar valor à vida. A professora me acolheu, melhor até que muito médico que me atendeu à época”, lembra.

Selma já faz roupas para os netos e para a bisnetinha, desde shorts para a escola, passando por vestidos de adulto e vestidos de bebê. “É um orgulho muito grande pra mim, meus netos me pedem as roupas!”, conta a aluna.

O desfile do Cesas ocorre na próxima terça-feira, 31 de maio, às 19h. O Cesas fica no plano piloto, na 602 Sul.

Escola Classe 01 de Planaltina é destaque na mídia

A edição dessa terça-feira (3/5) do Jornal de Brasília traz na capa a foto da Escola Classe 01 de Planaltina, em 1929. Com o título “O verdadeiro berço da educação da capital”, a matéria de Gabriel Sousa aborda projeto realizado pela equipe gestora da unidade, que descobriu que a EC 01 de Planaltina é a primeira escola a ser construída no Distrito Federal, 31 anos antes de Brasília ser erguida.

“A supervisora pedagógica Denise Mendes pesquisou sobre o passado da cidade e foi surpreendida quando viu que a Escola Classe 01 era, na verdade, de 1929, sendo a escola mais antiga do Distrito Federal ainda em atividade”, diz a matéria do Jornal de Brasília.

Para a diretora do Sinpro-DF Elbia Pires, o projeto realizado pela equipe gestora da Escola Classe 01 de Planaltina mostra a importância de se valorizar a educação. “Foi a partir de um projeto escolar, com dedicação de professoras e professores, que pudemos descobrir mais sobre a nossa cidade, sobre a nossa história. Conhecer o passado é fundamental para construir o futuro. E a educação é peça-chave neste processo. Por isso, nós do Sinpro vamos sempre exigir que o GDF tenha a educação como prioridade”, afirma.

Clique aqui e leia a íntegra da matéria “O verdadeiro berço da educação da capital”

MATÉRIA EM LIBRAS

Centro de Ensino Elefante Branco lança coletânea de textos de estudantes do ensino médio

O Centro de Ensino Médio Elefante Branco (CEMEB) lança o livro Cemeb-Temáticas, obra que reúne textos de estudantes de Ensino Médio, além de desenhos e gravuras de alunos(as) da Sala de Recursos de Altas Habilidades. O lançamento será realizado no dia 19 de maio, às 19h, no Auditório Cyro dos Anjos (SEPS 707/907, Bloco F, Ed. Escritor Almeida Fischer).

A Coletânea Interdisciplinar faz parte de um projeto político pedagógico que traz como preocupação a leitura e a escrita de seus estudantes, e faz parte do projeto Laboratório de Língua Portuguesa do Cemeb, que busca exercitar a expressão artística escrita e visual com o recurso da interdisciplinaridade. No projeto, os(as) estudantes tratam de assuntos como amor, bullying, guerra e violência, sempre sob a supervisão de professores(as) do CEM.

Para a professora de artes, Clara Rosa Cruz Gomes, a atividade trouxe muito aprendizado para os(as) estudantes. Na obra estão presentes oito gêneros textuais: contos, poemas, paródias, resenhas críticas, propostas de projetos de lei, dissertações, relatórios e peças teatrais. Devido à pandemia, esta será a primeira obra física, já que a primeira foi disponibilizada por e-book, que continua disponível no sites.google.com/edu.se.df.gov.br/cemeb.  

Compareça!

CED 11 de Ceilândia homenageia 15 estudantes aprovados na UnB

 

A comunidade escolar do Centro Educacional 11 de Ceilândia Norte está em festa desde que a Universidade de Brasília (UnB) divulgou os resultados do vestibular e revelou que 15 estudantes da escola foram aprovados(as) na graduação. Nesse sábado (30/4), às 9h, o CED 11 se enfeitou para receber os(as) estudantes com um café da manhã.

 

“Reunimos os estudantes. Fizemos um café da manhã para eles e elas. Depois, levamos eles e elas ao auditório da escola, apresentamos aos pais que estavam na reunião. E, após isso, inauguramos o mural com os nomes dos aprovados na UnB. Que é essa pintura com os nomes deles na escola e o curso que passaram”, conta Francisco Gadelha, mais conhecido na comunidade escolar como Kiko Gadelha, diretor do CED 11.

Além da comemoração, a turma homenageou Geoffrey Stony, um dos estudantes do grupo que sonhava em ingressar na UnB, mas a violência diuturna da região da escola abreviou sua vida. Em setembro do ano passado, aos 16 anos, ele foi assassinado num assalto.

 

“Sempre colocamos um mural na escola com o nome dos estudantes que passam na UnB. No ano passado, quando fazíamos o mural com os aprovados em 2021, um de nossos estudantes disse que o nome dele constaria do mural deste ano e que ele iria dar orgulho ao pai. Infelizmente, ele foi brutalmente assassinado na saída da escola. Roubaram-lhe o celular e deram-lhe um tiro. A turma homenageada no mural deste ano é justamente a turma dele. São os estudantes próximos a ele que passaram na UnB em 2022. Por isso, colocamos o nome dele também com a referência ‘in memoriam’”, diz o diretor.

 

 

Não é a primeira vez que o CED 11 de Celiândia, que atende também a crianças e adolescentes do Sol Nascente, considerada a maior favela da América Latina, realiza a proeza de aprovar um número grande de estudantes para graduações em várias universidades do País.

 

“Todo ano sempre colocamos mais e mais estudantes em universidades públicas. Como eles entram na nossa escola no 6° Ano do Ensino Fundamental e ficam até o fim do Ensino Médio, estamos tendo muitos frutos. O grupo de professores(as) se empenha muito nessa jornada desde o começo do Fundamental até o fim do Médio”, afirma Kiko.

 

 

Esse esforço foi comprovado no ano passado, que, apesar das dificuldades enfrentadas por causa da crise sanitária decorrente da pandemia da covid-19 e da crise econômica neoliberal, 37 estudantes do CED 11 foram aprovados em várias universidades pelo País. Desses, 32 ingressaram na graduação da UnB pelo Programa de Avaliação Seriada (PAS).

 

Gadelha explica que ele e sua equipe de professores(as), orientadores(as) educacionais e técnicos-administrativos se dedicam a promover uma educação inclusiva e libertadora que busca a retirar, o máximo possível, as centenas de crianças e adolescentes da região do CED 11 do mundo da violência.

 

“Aqui bem próximo está o Sol Nascente, uma das maiores favelas da América Latina. Daí que temos esse trabalho com os e as estudantes voltado para que eles e elas tenham vontade de mudar de vida em razão da violência desta região de Ceilândia e Sol Nascente. A violência aqui é muito grande e a gente incute nos meninos e nas meninas a ideia de mudança de vida”, afirma o diretor.

 

Para isso, segundo ele, a equipe usa a educação para trabalhar esse espírito de mudança ao longo de todo o Ensino Médio e, por causa disso, todo ano a escola apresenta sucesso e índice elevado de aprovação no PAS e nos vestibulares País afora. Em 2021, a despeito de todas as dificuldades impostas pela política econômica neoliberal, a escola teve 37 estudantes aprovados.

 

“Este ano tivemos 15 estudantes aprovados na UnB. Esses estudantes vêm fazendo a formação. A gente vem ajudando eles para que coloquem isto na cabeça: o importante é que eles e elas mudem de vida e possam mudar essa realidade, sendo estudantes de periferia e de escola pública”, afirma Gadelha.

 

Ele informa que o Sinpro-DF sempre ajuda a escola toda vez que a unidade escolar pede apoio. “O Anderson, diretor do Sinpro, está sempre aqui na escola e está nos motivando também com materiais de campanha e tudo o mais que possa nos ajudar a ajudar os estudantes, como, por exemplo, para fazer inscrições em provas. Tudo isso é muito importante pra gente”, assegura o professor.

 

“O projeto existe há muito, mas desde 2020. Sempre fizermos essa preparação para as provas de vestibular. Mas intensificamos mais em 2020 mesmo com a pandemia. Agora, com a morte de Geoffrey, estamos ainda mais dedicados a colocar a educação a serviço das necessárias mudanças sociais e econômicas da região”, afirma.

Na avaliação da colegiada do Sinpro, o projeto em curso no CED 11 de Ceilândia reforça a importância da educação paulo-freiriana e mostra relevância da educação como política pública de inclusão social. Em muitos locais do País, a escola é o único braço do Estado em operação na comunidade. É o único local em que a população pode recorrer para solucionar problemas sociais e econômicos.

 

“É por isso e muito mais é que lutamos, intransigentemente e diuturnamente, pela aplicação dos recursos financeiros do Estado na educação pública e gratuita, que exigimos o monitoramento e a fiscalização social desse dinheiro pela população porque é dinheiro público assediado pelo capital e é com ele que podemos mudar a realidade do nosso País”, finaliza Anderson Corrêa, diretor do Sinpro-DF.       

CED Myriam Ervilha se destaca no mundo das novas tecnologias digitais (vídeo)

Foto da estudante Gabriela Dourado 3°E
Professor Ciro, primeiro à esquerda e em pé, com estudantes do projeto posando para o Sinpro-DF. Foto da estudante Gabriela Dourado 3°E

 

 

“Os verdadeiros artistas criam coisas reais e que serão usadas […] Design não é apenas o que parece e o que se sente. Design é como funciona”. É nessa frase de Steve Jobs, megaempresário sócio-fundador da Apple, que o professor de artes Ciro Naum Rockert dos Santos, do Centro Educacional (CED) Myriam Ervilha, se inspirou para unir artes e informática e envolver mais de 80 estudantes do Ensino Médio na construção de novas tecnologias para facilitar a vida.

A experiência está registrada em vídeo-reportagem no canal do Sinpro-DF no YouTube e demais redes sociais (clique aqui). Essa experiência rendeu ganhos e fama à escola. Os(as) estudantes criaram diversos aplicativos para atender à população de Água Quente – lugarejo do Distrito Federal vinculado às Regiões Administrativas (RA) de Samambaia, Ceilândia e Recanto das Emas e prestes a se tornar uma RA –, e do município de Santo Antônio do Descoberto, Goiás.

Ciro entrou no Myriam Ervilha este ano. Adotou a metodologia de ensino baseado em desafio e criação de aplicativos e jogos. Em apenas 1 mês, ele lançou um desafio aos estudantes que é o de levá-los para a Apple e para a Google Play. Bastou isso para os estudantes se envolverem e criarem aplicativos inovadores, alguns já publicados. O resultado é que um dos aplicativos já está rodando em versão beta, de teste, na Google Play e na Apple Store.

Eles criaram 12 protótipos que estão prontos para ser apresentados e já estão sendo divulgados. Por causa desses apps, já participaram de vários eventos importantes de destaque no mundo das novas tecnologias, como, por exemplo, a Campus Party 2022. Dentre os apps desenvolvidos, destaque para o Run App (mototáxi); Tilary App (mobilidade urbana via carro, moto e entrega de produtos); Recipe Point (Pinterest da gastronomia com o melhor das receitas culinárias do Brasil e do mundo); Meu Cronograma (gerenciador de tempo e tarefas com opção de tabelinha mestrual e remédio se for mulher, água, refeição e treinos.

Também encararam o desafio de competir com apps já de sucesso no mundo, como o PlayDance (criado para ser superior ao TikTok por oferecer funcionalidades, edição e efeitos melhores); Pró-Vita (saúde via reeducação e controle alimentar); Young Wallet (carteira digital para  compra e venda de criptomoeda e NFT e  opção de ver lojas cadastradas que aceitam moedas digitais); HandMade (ajudar mulheres autônomas e artesãs via marketplace para publicar produtos feitos à mão, como roupas de crochê, bisquit,  bolsas, bolos , quadros, colares e joias em geral).

Os(as) estudantes do Myriam Ervilha buscaram inovar e apresentar app de inclusão social, como o Easy Libras (projeto de inclusão: tradutor de libras para texto e áudio. Chat para deficientes auditivos); Pente Fino (agenda virtual para cabelereiros, manicures, pedicuros e salões de beleza em geral); Padaria Delivery (entrega de pães quentinhos e produtos de padaria em casa); My Diary Drawing (plataforma para coleção de obras de arte ; portfolio online); mais um de jogo ainda sem nome.

Todas as turmas de 3º Ano se envolveram no Projeto de Aplicativos do CED Myriam Ervilha, do Projeto Escola Imersiva, cujo tema é Empreendedorismo na Rede Pública de Ensino, Criação de Startups, Aplicativos, Jogos e Arte em NFT.

“Queria que os terceiros anos já fossem preparados para as artes em design, em app design, em web design para o mercado de trabalho. Alguns alunos de 2º Ano quiseram participar e entraram na equipe e criaram o grupo intitulado i-Studentes NFT, que, por sua vez, criou arte em NFT, que é essa espécie de moeda digital, que pode trocar por dólar ou ethereum [moeda digital] e trocar depois por real e ter dinheiro, com o qual poderão sustentar o próprio aplicativo”, conta o professor.

Ciro disse que o grupo também criou a primeira coleção de NFT, parte do projeto, e já está indo para a segunda coleção agora. “No Projeto Escola Imersiva, estudantes do Myriam Ervilha criaram uma coleção de 10 NFT. Agora está sendo criada uma coleção de 12 obras e mais uma de 14”, disse.

NFT (Non-Fungible Token, em inglês) – significa token (símbolo, tradução literal) não fungível – são um tipo de arte digital comercializada na Internet. Trata-se também de um novo tipo de investimento no mercado de capitais que tem envolvido até mesmo celebridades. O cantor canadense Justin Bieber, por exemplo, comprou uma única NFT por R$ 6,9 milhões. O jogador de futebol Neymar também investiu no negócio e comprou a NFT dele também R$ 6 milhões.

Com uma longa experiência em criação de startups, Ciro aplicou o acúmulo de conhecimento adquirido na iniciativa privada no magistério público. “Em 2018, após assumir o concurso público, comecei a ensinar aos alunos de outra escola da rede pública na qual eu dava aula, a criação de jogos e aplicativos. Em 2019, melhorei isso e fui o primeiro professor da rede pública do DF a levar os alunos para a Apple Development Academy, a maior branding, maior marca, que tem no mundo, porque 80 alunos da Myriam Ervilha participaram da criação de 20 aplicativos. No entanto, apenas 40 alunos puderam ir por causa da limitação de oferta de ônibus e do espaço físico”, conta.

Quarenta estudantes criaram 20 aplicativos para resolver questões cotidianas da sociedade. “Adotei a aprendizagem baseada em desafios e mostrando os direitos sociais. Nas aulas, eu mostrava os seis direitos sociais contidos na Constituição e os estudantes seguiam esse princípio de criação, em proteção de lazer, moradia, transporte público, etc. Ou seja, criaram aplicativos que respondiam à pergunta: o que mais lhe incomoda na sociedade e na vida que você gostaria de resolver por meio de um aplicativo?”, explica Ciro.

 

Confira o vídeo-reportagem do projeto na íntegra a seguir:

 

https://youtu.be/QallbqebXek

Projeto leva apresentações e debates sobre chorinho para escolas da rede pública no DF

Começou a circular em escolas da rede pública do DF o projeto “O Choro Brasileiro”, encabeçado pelo violonista Fernando César – músico de trajetória reconhecida no Distrito Federal e nacionalmente. O projeto interdisciplinar traz apresentações do grupo Fernando César e Regional, oficinas para professores(as) e debates com estudantes e professores(as), antes e depois dos shows.

O projeto começou a ser executado no CEF 10 de Ceilândia na última terça-feira, 26. Outras três escolas o receberão: CEF 04 do Paranoá, CEF Lobo Guará do Riacho Fundo II e CED 07 do Gama. Realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC), o projeto foi aprovado contemplando especificamente essas quatro escolas.

Segundo a professora Flávia Hamid, diretora do CEF 10 de Ceilândia, a visita dos músicos foi muito proveitosa: “O projeto é maravilhoso, pois permite aos alunos conhecer um estilo de música que não faz parte do seu cotidiano”, contou ela. “Que venham mais projetos que possam proporcionar aos alunos conhecer outras realidades”, disse Flávia.

A expectativa do violonista Fernando César, proponente do projeto, é de provocar uma identificação de crianças e adolescentes com o choro, que, segundo ele, é o alicerce da música popular brasileira. “O choro certamente ocupa lugar de destaque na constituição da música brasileira, e os conjuntos regionais foram e são uma importante escola de formação de instrumentistas”, afirma César.

O músico lembra que, nos primeiros anos de Brasília, personagens fundamentais da história do choro viveram na cidade. É o caso do bandolinista Jacob do Bandolim e do cavaquinista Waldir Azevedo. “Brasília tem muita relevância para a valorização e divulgação do choro no cenário nacional, pois ele nos remete à história da cidade, desde sua construção”, completa.

O projeto

Para cumprir o objetivo de difundir e valorizar o choro entre crianças e adolescentes, o espetáculo musical, a cartilha educativa, as atividades de formação de plateia e as oficinas para professores(as) buscarão dar visibilidade à importância desse gênero musical, bem com à influência do conjunto regional no desenvolvimento da música popular no Brasil, e sua importância para o cenário musical contemporâneo.

As oficinas dirigidas a professores e professoras visam a sugerir atividades e abordagens a serem desenvolvidas com os e as estudantes para incentivar a escuta do choro, inclusive como recurso paradidático.

As ações de formação de plateia residem em um trabalho de mediação, aproveitando o momento que antecede e o que sucede a experiência de assistir ao espetáculo musical. Serão realizadas mediações pré (sensibilização) e pós-espetáculo (desdobramento) com estudantes, artistas e professores(as) nas apresentações que serão realizadas nas escolas.

Músico Tiago Tunes com estudantes do CEF 10 de Ceilândia após apresentação do grupo Fernando César e Regional.

Fernando César e Regional

Fernando César é filho da geração de chorões que chegou a Brasília ainda no período da construção da cidade. Sua carreira é formada em completa imbricação à cena do choro brasiliense. Ainda criança, ele e seu irmão, o bandolinista Hamilton de Holanda, formaram o Dois de Ouro. O grupo gravou três discos e se apresentou em diversos países.

César também lançou discos com os grupos Choro e Cia e AQuattro, além do seu trabalho solo nos álbuns “3 por 4” e “Tudo Novamente”, este, com seu regional, com quem ele desenvolve o projeto “O Choro Brasileiro”. O regional é composto por grandes músicos de Brasília, referências em seus instrumentos: Pedro Vasconcellos (cavaquinho), Thanise Silva (flauta), Tiago Tunes (bandolim) e Valério Xavier (pandeiro).

Agenda do projeto

📍CEF 10 da Ceilândia Norte

26/04 (terça-feira):
10:00 – Oficina com professores (on-line)

28/04 (quinta-feira):
10:00 – Show, palestra e mediação
14:00 – Show, palestra e mediação

📍CEF 04 do Paranoá

11/05 (quarta-feira):
10:00 – Oficina com professores (on-line)

12/05 (quinta-feira):
11:30 – Show, palestra e mediação
14:00 – Show, palestra e mediação

📍CEF Lobo Guará do Riacho Fundo II

17/05 (terça-feira):
14:00 – Oficina com professores (on-line)

19/05 (quinta-feira):
08:30 – Show, palestra e mediação
10:30 – Show, palestra e mediação

📍CED 07 do Gama

23/05 (segunda-feira):
15:30 -Oficina com professores (on-line)

26/05 (quinta-feira):
10:30 – Show, palestra e mediação
14:30 – Show, palestra e mediação

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