GDF convoca reunião para dizer o mais do mesmo

O Governo do Distrito Federal continua sem dinheiro. Essa foi a síntese feita pelo secretário de Fazenda do DF, João Fleury, em reunião com dirigentes de diversas categorias de servidores, na tarde desta sexta-feira (18/11).
O secretário mostrou em planilhas e gráficos a evolução das receitas e despesas, apresentando a posição do caixa do GDF e a situação financeira do DF. A conclusão, sem novidades, é a de que continuam faltando verbas ao governo – segundo Fleury.
Na reunião, o Sinpro foi representado pelos diretores Cléber Soares, Gabriel Magno, Manoel Alves, Samuel Fernandes e Rosilene Corrêa.

A avaliação dos diretores foi a de que dizer que não há dinheiro não é suficiente. “O que o governo deveria fazer era apresentar soluções e ações para resolver um problema que está posto; que são os calores nas categorias; a melhoria dos serviços públicos – que estão a cada dia mais precarizados -, ou seja, o Executivo precisava mostrar o que ele efetivamente pretende fazer para governar o Distrito Federal e cuidar da sua população. Infelizmente, essa foi mais uma reunião para dizer que o governo não tem dinheiro, ou melhor, para dizer que é incompetente e não dá conta de governar”, enfatizaram.

Cléber Soares destacou que não é possível manter reuniões todos os meses, ou todas as semanas, para ouvir as mesmas coisas. O diretor lembrou que o pessoal da educação está com os salários congelados desde março de 2015, amargando uma perda salarial de 18%. “O governo atual está voltando a uma época na qual nós acumulávamos perdas salariais. O que nós conseguimos avançar em governos anteriores o governo Rollemberg está subtraindo. E simplesmente não adianta apresentar planilhas mostrando a falta de dinheiro”, disse.
O dirigente lembrou que a categoria está em contagem regressiva, na iminência de uma greve logo primeiro dia letivo de 2017 e que alguma atitude precisa ser tomada a curto prazo, até o final do ano, para resolver a situação.
Se, no início de 2017, o discurso for o mesmo, “o GDF estará impondo à sociedade uma greve, lembrando que greve de professores não é contra a comunidade escolar, mas em favor do Distrito Federal”, finalizou Cléber.
O secretário Fleury respondeu lacônico: “Greve não faz aparecer dinheiro”. Será mesmo?
Fotos: Deva Garcia
