PA: SINTEPP inicia greve geral com mobilização de mais de 25 mil educadores

O pontapé inicial da Greve geral da Educação no Pará mostrou a força e a organização de nossa categoria. Em todas as Regionais, ocorreram atividades de peso, como atos, assembleias, palestras e audiências públicas contra a famigerada proposta do ilegítimo governo Temer de reformar a Previdência Social.
A PEC 287/2016 pretende igualar a idade de aposentaria entre homens e mulheres para 65 anos. Estabelece a contribuição mínima de 49 anos para todos os trabalhadores e ainda tenta retirar o direito historicamente adquirido por educadores e trabalhadores rurais à aposentadoria especial, desconsiderando os danos à saúde do trabalhador, atingindo em cheio as classes economicamente mais desfavorecidas de nosso país, e estabelecendo uma lógica de contribuição impraticável, que fará com que muitos brasileiros morram sem conseguir se aposentar.
No entanto, a resposta dos movimentos sociais em todo país está sendo à altura. No Brasil inteiro hoje (15) manifestações estão sendo organizadas. São centrais sindicais, sindicatos e associações, entidades estudantis e comunitárias que tomaram às ruas para gritar um sonoro FORA TEMER! E as manifestações não se encerram por aí.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) registrou a paralisação de mais de 1 milhão de profissionais da educação em protestos pelo país. No Pará, o SINTEPP estima a paralisação de 25 mil educadores nas 10 Regionais em que o Sindicato está organizado. Veja imagens de algumas das manifestações que ocorreram nesta quarta-feira (15) na capital e interior do Pará.
Contra a Reforma da Previdência e pelo cumprimento do Piso Nacional. Nenhum direito a menos!
No Pará ocorreram paralisações nas redes Estadual e Municipais. No Estado, além de contrária à reforma de Temer, a categoria está em intensa campanha pelo imediato cumprimento da Lei Nacional do Piso. Jatene não realinha o Piso há dois anos e ainda acumula dívidas de retroativos de 2011 e 2015. O governador “Fora da lei”, visto que o TJE já expediu sentença favorável ao Sindicato, ainda aumentou o percentual da alíquota do IASEP, e já admitiu que está discutindo medidas para o RJU, ou seja, outros ataques aos nossos direitos vêm por aí. Enquanto isso a violência avança e a condições de trabalho continuam precarizadas. Portanto, não tem recuo, a GREVE na rede estadual de ensino está em construção e a agenda de lutas será mantida. Acompanhe:
20|03
– Ato de convencimento dos parlamentares nos aeroportos para votação contra a reforma da previdência – 9h.
21|03
– Votação do texto na Comissão Especial da Reforma da Previdência
23|03
– Seminário Aposentadoria Especial da Educação – EE. Anísio Texeira – 9h.
24|03
– Ato de denúncia dos parlamentares que são a favor reforma da previdência – local a definir
28|03
– Votação em 1º turno no Plenário da Câmara
– Reuniões por distrito para avaliação da GREVE
30|03
– Assembleia geral da categoria – Pauta: GREVE – EE. Cordeiro de Farias – 9h
06|04
– Votação em 2º turno no Plenário da Câmara
Fórum Estadual contra a Reforma da Previdência entrega manifesto à Presidente da ALEPA
Deputado Márcio Miranda confirmou para comissão que até a terça-feira (21) um documento com reflexões sobre a proposta de Reforma da Previdência será encaminhado ao Congresso Nacional.
O ato público que teve início na manhã desta quarta-feira (15) na Pça da República em Belém, e que reuniu várias centrais sindicais, associações e sindicatos, entidades estudantis e comunitárias, foi previamente avaliado pelos organizadores como vitorioso. Com representatividade de todas as frentes de defesa dos direitos da classe trabalhadora e estudantil, a manifestação marcou a unidade de amplos setores da classe trabalhadora contra a PCE 287/2016, que visa reformar a Previdência Social e retirar direitos.
Na Pça da República também foi lançado o Fórum Estadual contra a Reforma da Previdência, que na manhã de ontem (14) realizou ciclo de debates com a participação do DIEESE, no SINDMEPA. E ainda nas primeiras horas da manhã da terça-feira também tinha cumprido agenda de Ato de convencimento dos parlamentares no Aeroporto Júlio Cesar, para a votação contrária a Reforma da Previdência. Seguindo a caminhada pela Av. Pte Vargas, o ato fez sua primeira parada na Sede do Instituto Nacional da Previdência Social (INSS), na Av. Nazaré. De lá os manifestantes se encaminharam para a Assembleia Legislativa do Estado Pará (ALEPA). No trajeto, servidores públicos do município de Belém, ao passarem pelo Palácio Antônio Lemos, denunciaram a política de reajuste zero aplicada por Zenaldo Coutinho desde 2015. Bem como os educadores de Ananindeua que reivindicam a chamada dos cadastros reserva do último concurso público, que Manoel Pioneiro ignora mesmo havendo cargos disponíveis e professores com carga horária reduzida.
A manifestação foi finalizada no início da tarde em frente à ALEPA, após uma comissão composta por representantes das Centrais Sindicais reunirem com o Presidente da Casa, Márcio Miranda. Na audiência foi entregue ao parlamentar o manifesto do Fórum Estadual contra a Reforma da Previdência que provocava os deputados e líderes de bancadas partidárias da ALEPA a se manifestarem contrários à Reforma da Previdência proposta por Michel Temer. O Presidente recebeu o documento e se comprometeu a apresentar para votação no plenário até a próxima terça-feira (21) documento a ser apreciado, aprovado por todos deputados estaduais do Pará que pontue reflexões sobre os prejuízos que a Reforma da Previdência virá causar à sociedade, que caso seja aprovada, estabelecerá um verdadeiro caos social, uma vez que afetará trabalhadores que atualmente recebem o salário mínimo, mas que a longo prazo podem chegar a receber até a metade deste salário, o que virá a lesionar diretamente a economia do país. Este documento será enviado diretamente ao Congresso Nacional. Os sindicalistas receberam a proposta com satisfação e já programam retorno à ALEPA em 21|03 para acompanhar os debates.
*Pelo cumprimento da Lei do piso salarial nacional!
*Contra a Reforma da previdência!
*Nenhum direito a menos!
(Sintepp, 15/03/2017)