Sinpro-DF e CNTE participam dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres
O Sinpro-DF e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), por intermédio das suas Secretarias de Mulheres, somaram-se à campanha mundial de combate à violência contra a mulher intitulada “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”.
Mundialmente, a campanha começa no dia 25 de novembro – Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher – e prossegue até o dia 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos. Contudo, no Brasil, ela extrapola os 16 dias e começa no dia 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra.
A campanha surgiu na Europa, em 1991, e rapidamente ganhou adesão de quase todos os países do mundo. Atualmente, mais de 160 países integram o movimento e todo ano apresentam uma temática sobre violência.
Este ano, a proposta da sociedade civil é a promoção de uma reflexão sobre o enfrentamento à violência sexual por meio da desconstrução de práticas cotidianas que reproduzem comportamentos machistas, vivenciados por homens e mulheres.
“Neste momento em que as instituições de defesa da mulher e de combate à violência de gênero e diversidade estão sendo atacadas e desmontadas pelo governo federal, é importante que os movimentos sociais, em especial, o de mulheres resgatem e fortaleçam as ações de enfrentamento à violência e ao feminicídio”, afirma Berence D’Arc, diretora do Sinpro-DF e diretora executiva da CNTE.
Ela diz que os “16 Dias de Ativismo” marcam a posição das mulheres sobre o problema da violência. “E aí lembro que nossa categoria é formada em sua maioria por professoras – é importante que as professoras participem das atividades”.
A diretora destaca que é fundamental lembrar o fato de que, enquanto os movimentos integram a campanha dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, o Brasil sofre uma das maiores violências de sua história: o golpe de Estado.
“Temos uma democracia conquistada, mas, nas instituições formais e governamentais, há hoje uma posição de repúdio às organizações de movimentos sociais e uma posição de governo muito forte de desmonte de toda e qualquer ação que fortaleça a luta das mulheres, dos LGBTs, do movimento negro, incluindo aí o ataque ao currículo escolar, por meio da Lei da Mordaça Escola sem Partido, o qual tem tentado retirar da educação o debate de gênero”, afirma Berenice.
A secretária de Raça e Gênero da CNTE, Isis Tavares Neto, informa que a Confederação orientou os seus sindicatos filiados a jogar peso na Campanha do Laço Branco, que também faz parte da “16 Dias de Ativismo” e foi criada por um grupo de homens canadenses que se indignaram com o massacre da Escola Politécnica de Montreal para mostrar que existem homens que repudiam o sexismo e as práticas violentas contra as mulheres.
A Campanha do Laço Branco culmina no dia 6 de dezembro, data que marcou o dia em que Marc Lepine, um jovem de 25 anos, invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, numa cidade canadense, e assassinou 14 mulheres, suicidando-se em seguida. Na carta que deixou, o assassino disse que não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia, um curso considerado tradicionalmente dirigido ao público masculino.
